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Síndrome

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(Arquivo pessoal) Trago na boca uma falha no dente uma língua dormente um palato vazio. Trago nos olhos um passeio na praia uma promessa vendida uma alma vazia. Trago nos ouvidos um zumbindo do destino um choro longínquo  um eco vazio. Trago no pescoço um movimento concedido uma obediência desmedida uma cabeça vazia. Trago no peito um copo de cólera um prato frio um cofre vazio. Trago nos braços um amor perdido um tremor dos vícios uma saudade morta. Lu Ribeiro

Nós

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(Imagem do Google. fonte:http://3.bp.blogspot.com) entre nós fronteiras  entre nós esperas, entre nós pernas,  entre nós. entre fronte frente febre olhares. Lu Ribeiro

Fases

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(imagem do Google) Flutua meu reflexo trêmulo água turva rota perdida meu guia cego face oculta. Itinerário de lembranças derrota tempo vinte e oito dias revolução dividida translação vívida roteiro desesperanças. Lu Ribeiro

Rose e Vítor

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Praça do Centro São Paulo ( imagem disponível  http://www.fotografia-dg.com/turismetro-em-sao-paulo/) Rose é gostosa Dona de si Pode construir castelos antes de dormir. Vítor é martelo Dono de Birigui  Pode destruir castelos depois de fugir. Rose é dengosa Pinça de lábio Fisga com a prosa. Vítor é machado Verso acanhado Velho mandril.  Rose  é famosa em Birigui Moça estrosa boa pra dormir. Vítor é palhoça de Birigui Homem vira-mundo não serve pra fugir. Rose é derrota veio de Birigui Mora com Vítor no velho jardim. Lu Ribeiro

(Ena)Morada

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(Foto Ponta de Areia Itaparica/2008/arquivo pessoal)    Do nosso lar beijamos o mar a nossa casa é construída nas ruínas do velho solar. Olhamos por nossa janela vislumbramos o nosso destino vão porque não plantamos sonhos não buscamos o perdão. Somos livres para seguir do Comércio ao 2 de Julho  de Itapuã à ladeira da preguiça da Ribeira ao Carmo  do Contorno ao Passo realizamos um novo traçado. Por causa da nossa casa forramos de espinhos as avenidas pintamos com olhares cifrados as esquinas selamos juras descabidas sinalizamos para eles despedidas cruzamos os espaços descalços mero resquícios de nossas vidas. Lu Ribeiro

Diálogo

O Olho frio mente Mesmo não estando de frente A nuca baixa sente O que o olho diz. A boca muda desenha Mesmo não estando de frente O peito quieto desdenha O que a boca diz. A mão pura dança Mesmo não estando de frente A bunda crente manda O que a mão diz. A perna nua chama Mesmo não estando de frente O falo quente clama O que a perna diz. O corpo inteiro mostra Mesmo não estando de frente O langor perene O que o corpo inteiro diz. Lu Ribeiro

MALANDRAGEM

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Of course, meu chapa tudo é permitido. Offshore, o ilegal é paraíso. Offline todos burlam o fisco. Lu Ribeiro

re-trato

Encontrei li reli, li,  ri, li ri, li, li, li, lixo.

Pária

Trago no ventre a palavra parida partida de sangue veia alta alucinante. Partida pa-la-vra parto de casa parte do abuso parto dos usos parte dos uivos do estupro de cada dia. Lu Ribeiro

Jogada

o lance é jogar tudo pro alto, é cuspir no prato que come, é botafogo é perder tudo pra ganhar você. Lu Ribeiro

Antes que o mundo acabe

Antes que tudo morra renasço mais velha por conta da vida calo na boca. Antes que tudo acabe volto mais perdida alta voltagem lua má. Antes de mais nada descubro tudo rio pro vazio surto justo. Depois de tudo roubo teu berço te abraço pulo.

Volteio

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  "Caos Espiral" de Wolney Fernandes As infinitas voltas que o mundo dá retomarmos o que deixamos para lá. É a oportunidade de fazer algo novo de refazer um outro contorno para seguir enfrente para o mover consciente para celebrar a paz. Volteamos o mundo perseguindo o amanhã o inefável futuro o sonho límpido o amor como porto seguro a envolvente esperança a fé sã. Nestas voltas que o mundo dá pessoas como eu, preferem acreditar, que de fato, o que é relevante, Significativo, Importante É o Amor que se tem para ofertar. Lu Ribeiro

Adeus

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Receio que não te reconheço mais. Não encontro em você o meu sonho. Não percebo os teus olhos. Não ouço a tua voz. Entendo que o amor perdido Ecoa  como sonho longínquo. Faz parte da minha historia compõe a minha memória. Prefiro a minha solidão companheira de todas as horas do que a seleta lembrança de estar contigo. Hoje eu sei,  não te quero mais. Fique com os teus. Deixe-me ficar aqui. Esqueça que eu existo Descanse sem paz. Lu Ribeiro

Clamor

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É necessário que chova a terra arde sem permeio lançam áridas mãos aos céus apelos. Clama o sentimento: que a chuva deflagre o caos que as águas enxerguem o chão. que as cicatrizes sejam enlevos da alma que os sentimentos superem o erro que os amores não morram em vão. que a correnteza seja favorável que a chuva seja fecunda, que a terra absorva o perdão. Lu Ribeiro Minha pequena homenagem aos trabalhadores rurais e as famílias que vivem no semiárido brasileiro. "Eu gosto da roça, era minha alegria', lamenta agricultor afetado pela seca" "Na regão de Irecê, no semi-árido, 30% da produção de mamona foi perdida. Trabalhadores precisam tentar a sorte em plantações de outros estados." (Fonte: G1.globo.com)

A Lua em meu dedo

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Coloquei a Lua em meu dedo a face iluminada esconde o meu medo Contemplo o seu brilho cálido  negrume do meu anseio. Pergunto-me: O que eu faço? Se oculto a langor do meu espírito,  se me submeto ao cárcere do meu receio Se  sucumbo aos apelos da Lua,  enlouqueço. Coloquei a Lua Insanamente em meu dedo Revelou-se a face oculta Iluminando o meu desejo. Lu Ribeiro

Encanto da Lua

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Flutua sob a noite escura languida Lua reflexo trêmulo sobre água turva. Paira minha alma soturna paisagem perdida de um tempo oculto. Perscruto  um resquícios  de um amor fortuito emergindo   turbas  memórias.   Pequenas lembranças de um latente  desejo, meu sonho corrupto. by Luauribeiro

Homem Casado

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Coisas de homem casado, Segunda estressado, Terça inconformado, Quarta jogo televisionado, Quinta preguiça, Sexta cerveja, alegria, Sábado amigos e futebol. Domingo arrasado: assiste a tv, dorme, ronca, ... vira para o lado. by Luauribeiro

Imago

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Pintura  "Banho" Fernando Botero Expus a pele sem pudor sem medo. O que reveste meu corpo? Uma capa de gordura, Uma roupa sem estrutura. Reflexo no espelho Meu pesadelo. Não me conheço. Fora do padrão! Dietas, remédios, malhação Incessante busca da perfeição. Pensamento de magro no corpo obeso. Puro desespero! Talvez não. Seja o corpo Rebelião do avesso. Lu  Ribeiro

Braços abertos

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Abro os braços  ao vento. Liberto minh'alma o cárcere acabou. Hoje não sinto dor nem pena de mim a liberdade rasga o meu ser ser uma em mil. ser mulher ser gente ser free Renasço para vida suspensa por algum tempo. Solto as amaras voo com o vento... Lu Ribeiro

Semideus II

Céu de brigadeiro mar de meus olhos visão do meu mundo inteiro. Mergulho em águas profundas sem medo Navego por sua boca por suas curvas sem exagero. Mar adentro feito marinheiro sem procura de paz meu repouso é teu beijo. Fascínio azul luz dos meus desejos Arrepio agreste o vento lambendo teus pelos. Rasgando o mar serpenteando nas ondas Semideus do mar domando as águas. Até o exigente Sol exalta os teus feitos bronzeando teus contornos, aumentando o meu desejo. Lu Ribeiro

Sentimento Estrangeiro

Vivendo cá, sinto saudades de lá. É algo estranho que não se compara. Nascente de um sentimento estrangeiro alheio as vontades da mente, mas cúmplice do infindável subconsciente. Vivendo lá sou como estrangeira minha terra não ecoa as pessoas dizem que não pertenço mais aquele lugar. Vivendo cá, os nativos comentam o meu falar o meu jeito de vestir o maneirismo brasileiro de agir. Estrangeiro sou em qualquer lugar o meu exílio voluntário este "banzo" que dá. Saudades da minha terra, onde cantava o sabiá. Lu Ribeiro Minha singela homenagem às pessoas que vivem longe de sua terra natal.

Lembranças infantis

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(Copacabana-Rua Marechal Mascarenhas de Morais,  esquina com Tonelero- década 30/40) A brisa denuncia floral das bougainvílleas cítrico das frutas sal das maresias. Volto a adolescência, Tonelero, Santa Clara Duvivier,  Atlântica ruas da minha infância. Não sei detectar mudanças as lembranças sentidas corporificam a minha frente. Não decifro as imagens um misto de passado e presente saudades, suspiros, delírios inconsequentes.  Lu Ribeiro

Ensaio da solidão

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Impõe a vida a necessidade de refúgio  cerra os olhos da alma  vencida por tantas futilidades. O excesso de tudo fulgura uma face impassível que não percebe nada nada captura. O simulacro do real marcado na frase de todos os dias desfolham máscaras perfaz um estilo de vida. O que aparentas é o que menos reflete posse de sorrisos falsos pronuncia frases que não convencem. Lu Ribeiro

Epifania dos tolos

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Charles Bukowski  Há um vozeamento sem eco risos ocultam ânsia face. Aplausos para os imbecis. Etílica falácia dos bêbados não há opção para os doidos. Não há remédio para os pueris. Farto da alucinante alegria não há unguento para os covardes. Não há resgate para os gentis. “O problema do mundo de hoje é que as pessoas inteligentes estão cheias de dúvidas e as pessoas idiotas estão cheias de certezas” Charles Bukowski 

Vice-e-versa

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Pintura Os Bêbedos ou Festejando S. Marinho (1907) de José Malhoa Não me venha com teus queixumes! tuas auguras, teus pesares. Tu não acreditas em Deus. Para ti só vale o que o dinheiro pode dar. A matéria é o que interessa não te interessas o que a alma por ventura trás. Se vale tua vida, o teu copo de cólera bebida. Arde quente pela goela seca clama na mente esvazia alma demente vida louca pura inconsequente. Vice e versa nada para ti vale, a vida acaba do pó ao pó. O legado que deixas insanidade angustia tristeza A teus filhos nada alem da tua bebedeira. Lu Ribeiro

Linguagem I

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Quando os meus olhos procuram tua boca percebo a tua angústia. Frágeis pensamentos sólidos sofrimentos efêmera fuga. A boca a língua mergulha sela no silêncio da noite  teu grito, minha súplica. Lu Ribeiro