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Mostrando postagens de 2017

Talvez seja amor

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Qual o fio condutor que nos une enfim? Pensei exaustivamente; criei diversas situações inventei hipóteses de tanto matutar, confabular com os  botões que abriram em flor, nasceram com um pouco de dor, acredito por fim que seja amor.

Roda

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A pele que conquista também aparta. A palavra que regojiza também cala. A ideologia que ilumina também mata.

Memórias caboclas

Falando para o vento Palavras perdidas no tempo, memórias da ancestralidade cabocla: do mutirão o beneficiamento da farinha a fornalha acessa do café pilado da cana doce em tirinha. Falando para o tempo pedindo que refresque histórias de Sophia do medo da noite do banho de tina dos laranjais em flor da menina que lá vivia.

Narcisa

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O ventre verte rios de gozo deleite-se plena presentei-se serena linguagem mútua nua simplesmente gosto. imagem google

Saciada

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Quando degustou a uva fiquei excitada lembrei-me daquela tarde escusa quando lambeu-me dos pés até os lábios dos lábios grandes ao meu ventre largo sugando-me por inteiro líquido quente celebrado num gemido num suspiro clandestinamente desejado.

Lucrécia

Traga-me um cálice de veneno, hoje vou matar você em mim ceifar o sentimento queimar o pensamento eliminar qualquer resíduo de lamento chega! de amar em segredo degredo do coração chega de perder o tempo chega de caminhar sem direção.

Gilbertiano

Acordei gilbertiano o dia abrindo os olhos com poesia numa alegria incontida pelo simples fato, de ter sonhado contigo. "E onde quer que eu vá no mundo, vejo a minha torre É só balançar Que a corda me leva de volta pra ela:"

Atados

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Estamos sós, os cômodos vagos sem luz nem lastro, caso estagnado basta um riso singelo e raso. Estamos separados juntos ao acaso sem coragem de fato. Estamos fortalecendo os nós.

RENOVADA

Estou organizando os papéis Esvaziando pastas, Eliminando as caixas,  Limpando os tonéis. Estou esmerilhando o chão Tirando tapete Varrendo debaixo dele Raspando a compaixão. Estou lixando as asperezas Lavando tristeza Cortando a indelicadeza Espantando incertezas. Estou correndo riscos Rindo sozinho Renovando meu caminho Recuperando o coração.
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Volto ao meu lar lugar incomum berço das minhas memórias dores, risos, gozos e outras histórias. Sem revolta sem promessa sem pressa sem lugar. volto para mim um "eu" vacilante que oscila entre mim e ti.

Sem riso

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Perdi o riso em algum lugar,  estava tão distraída  ele foi de mansinho. Acho que foi para não voltar. (arquivo- pessoal -Boipeba-2017)

Suspeitos

Ele me chama O silêncio me atrai Traço um paralelo Elo fraco  nos une Não estamos imunes reféns sem desvelo Apenas cúmplices banais.

Proposta

Voz ao pé do ouvido: "TE Quero" arrepio!!!

Registros fugaz da minha existência

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Fui para o meu paraíso particular. Esqueci do tempo, os dias fluíram conforme a maré. Saboreei cada instante O coração e a alma foram banhados pelo mar nas águas frias das manhãs nas águas mornas do entardecer na areia deixei pegadas minha silhueta projetada  marca indelével do meu ser.

CÚMPLICE

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OLHO QUE TUDO VÊ BOIA POR ENTRE NUVENS NÃO SE ASSUSTE ELA NÃO SABE QUEM É VOCÊ.

Bota fora

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Ela escolheu a segunda sexta-feira do ano para botar  a papelada em ordem. Acordou disposta a tudo, jurou que não ia salvar nada. Pegou os papéis aninhados nas caixas que reaproveitou da última mudança.  No primeiro ato deparou-se com uma cartinha do filho aos 6 anos de idade, que escreveu em letras garrafais "MELHOR MAMÃE DO BUNDO, BETO" - sim, Beto tinha problema de disgrafia e dislalia  - Este probleminha deu muito trabalho para "consertar" muita terapia, fonoaudiólogo... Inclusive quando ele fica nervoso troca tudo, fala um idioma que ninguém entende.  Mas como se desfazer de tão doce lembrança,  ela ficou com dó e guardou.  A seguir encontrou umas cartas que ela escreveu quando passou férias em Olinda, com apenas 16 anos. Era semana de Carnaval subindo e descendo as ladeiras incansávelmente, tinha energia para dá e vender, foi lá que fumou o primeiro cigarro, um vício que perdura até hoje. Já iniciou vários tratamentos, parava por algum tempo e depois vol

Amoral

A indiferença é arma dos covardes Prefiro a guerra, a lança, a dança Descompasso em perfeito passo tangenciando o drama na cama não sobra espaço simplesmente inconsequentes por ânsia sortilégio engendrado alquimia dos apaixonados finda-se sem deixar lembranças. Vai e vem delinquente Rasgo na pele, Pulso quente cio latente