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Mostrando postagens de 2015

Esperando ...

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Nestes tempos modernos os tradicionais cartões de Natal foram substituídos por mensagens instantâneas e com isso foi perdido todo o trabalho que antecedia tais como: ir até uma pelaria, escolher o melhor para cada pessoa, depois pensar no que vai ser escrito, enfrentar aquelas filas co correio para postá-las,... Marta sentia falta disto, talvez a distraísse, talvez a ansiedade diminuísse, talvez...  Ela aguardou o dia inteiro por algum sinal, uma mensagem banal, mas as horas passaram e nada. Enquanto as pessoas ao seu redor trocavam presentes e felicitações, ela imprimira um sorriso artificial muito distante do espírito de Natal. Os olhos continham toda uma esperança infantil e ao dobrar os sinos da igreja anunciando o nascimento do Menino Jesus acendeu-lhe uma centelha de esperança " O amor, por certo, estaria perto de chegar".

Ao tempo

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(Arquivo pessoal- Barra de Guaratiba- RJ) quero que o Tempo seja paciente comigo não me exija soluções práticas não me roube o juízo quero que me acolha não deixe que sangre o coração e nesta fase tempestuosa me conceda a temperança quero que nenhum sentimento apareça não encontre o solo fértil da insegurança que o medo me liberte que o fluxo siga leve. quero a paz de espírito Tempo seja companheiro que não resida em mim o desespero quero dormir feito criança quero viver um dia  por vez e só.

Em cacos

Deixou o último grão cair com o dorso da mão esquerda enxugou a lágrima que escorrera catou os cacos do coração ficou em silêncio mais uma vez o amor lhe abandonara.

sem camuflagem

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(Edward Hopper - "Quarto de Hotel") o silêncio preencheu o vazio o sentimento ficou esvaziado a teia da rotina não reteve nada rompeu-se os dejetos escondidos no bunker das aparências a relação se desfez talvez possa existir um futuro sem mágoas mas o tempo que dilui a memória se incumbirá de iludir o coração

A Escolha

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Madame Monet and her Son, 1875, Claude Monet A dor não era no corpo. O que lancinava era a alma, pois se perdera do seu par. Foi um pequeno vacilo. Titubeou na bifurcação, escolhera por medo a direita e o outro optou pelo sinistro coração.

a bela da tarde

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(Andrew Loomis, Um Corpo De Mulher Deitada, Mulher Sexy) quando dei por mim o dia tinha evaporado a tarde se estendia rósea o suor do corpo denunciava: o amor residiu em mim.

táctil

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desejo dedos aventura corporal gozo loucos viagem surreal "O ferrolho"Jean Honoré Fragonard (1732-1806)

contradições

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(Pintura de  Pino Daeni) o que nos atrai olhar remói o que nos afasta dói o que nos permite rejuvenescer constrói o que não ousamos dizer corrói.

Nua

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dei férias aos problemas sai nua sem pensamentos ruins privilegiei as oportunidades burlei as dificuldades optei ser livre enfim. A tela 'Nu couché', de Amedeo Modigliani

Homem Perfeito

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perdi a consciência amnésia da decência pontos em ebulição pés, dorsos e peitos avesso acesso perfeito intenso, deleite, enlouqueço.

Exploradores

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percorreu o corpo hábeis mãos de mestre beijos leves deliciosos, vorazes                                                                      ( Os Amantes de René Magritte) a cada toque um desejo concedido a cada suspiro um gemido contido aventureiros em perigo sujeitos ao exílio movidos por suas vontades

Sem acordo

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Acordo sem  acordo sobre as confissões das imperfeições das angústias agruras toda a química que na pele transpira atiça faz gozar e  pronto.

o vento me disse

o vento de ontem me fez lembrar de você o silvo parecia a sua voz um leve frescor arrepiou-me senti suas mãos me tocarem um pequeno redemoinho apareceu eu o vi em minha frente tentei em vão beijá-lo para o meu desapontamento só o silêncio a me confrontar o imenso abismo que tende nos afastar.

amor clandestino

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por vezes tomo uma dose de coragem e neste instante de insanidade esqueço das barreiras perco as estribeiras em pensamento te roubo sem nenhum remorso imponho-te meus gostos gozos, risos e corpo incontestável leveza sonhos de um amor feito de desencontros imperfeito na essência clandestino por excelência desejo-te, mas não te conto.

nem flor, nem náusea

nada em mim é obstante tão insuficiente de alma os resíduos de ontem perdidos em sonhos ressoam em minha fala grito seco de fome fronte em pedaços raros desejos sorrisos parcos

saudades

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o aconchego dos teus braços é um oásis só pra mim utopia de quem ama cria o paraíso dentro de si. (Arquivo pessoal-Praia do Flamengo, BA.)

Per verso

e cada palavra espremida pelo canto da boca exposta pelo sorriso dos olhos exulta meu anima põe na baila a paixão

Memórias encarnadas

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o piso de paquete as paredes brancas grandes arcos o passado de braços abertos as memórias encarnadas guardiões silenciosos da saudade. (Casa de Jorge e Zélia- SSA- BA)

Vertigem

Quero a desobediência da paixão todos os seus temores vãos Quero a sutileza das mãos cobiçosas toda experiência de artesão Quero toda fugacidade do momento O furor intenso a vertigem O delírio a explosão

FIEL

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Finges que não me vê Ignoras o que sinto por você Não percebes a minha ternura Não sabes o que nutro por ti doce loucura Toda vez que chega em casa Eu o benfazejo Abano o meu rabinho Lambo te todinho Ah! Como me faz bem quando te vejo. (Arquivo pessoal- Dori na janela)

Amores modernos

Ele mal completara 21 anos e novamente apaixonado. Não a conhecera pessoalmente o amor era puramente virtual. Por mais que tentasse não conseguia um encontro real. Antes ela estava cuidando da avó doente, depois era ele que estava ausente. E agora próximo ao seu retorno por puro capricho do destino brigaram por ciúmes bobos. O coração dele ficou em pedaços e o dela enigmático. Por algum tempo andou enlutado. Até que passado o tempo, uma carinha apareceu em um bate papo. E um outro encontro virtual aconteceu. Ele está novamente enamorado.

Vingativa

Nervo exposto resposta obvia Não! Escroto!

Novembro...

        Novembro chegou. Minha avó dizia, "Pietra, minha filha, esse é o mês do expurgo, mês pesado,..." Eu ouvia mais não dava atenção, lembro-me com muita clareza desses ditos, ou melhor, dizendo, previsões. Muitos anos depois, eu já havia constituído família, morava um apartamento espaçoso em Olinda de frente pro mar.  Era Novembro 2013, estava animadíssima para o Natal. Optei por fazer toda ornamentação artesanalmente, afinal meses antes fiz cursos de bordados, bonecos, ... Queria por em prática tudo o que havia aprendido. Os meninos estavam entusiasmados Pedro, João e Thiago, só falavam nos desejos do dia de Natal, Pedro gostava de bolo de nozes, João preferia bolo de chocolate com cobertura de chantili e Thiago, o menor, comia tudo que tivesse.  O pai das crianças era bancário, e nesse período, chegava à casa muito estressado. Então eu parava de fazer "arte" e dava atenção a ele. Contudo, ele carinhosamente me dizia que nem iria jantar e preferia dor

Amor Antigo

hoje um amor antigo apareceu chegou com pequeno aviso abalo imperceptível mas de algum jeito ele percebeu.

Nota de Falecimento

o nosso amor não morreu ontem foi desfalecendo a cada traição hoje meu bem, nem choro, vela ou caixão o nosso amor virou desilusão.

olhos siameses

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desnuda-me quando sorri olhos siameses escondem tudo que quero ouvir essas mãos que não me tocam cala-me a boca eu, tola, imagino que me deseja mesmo assim.

A solidão

A solidão acompanhada costume invadir-me a alma em momentos de pura felicidade. Desejei tanto estar enganada. Mas que nada! A solidão estava decidida em minha vida morar.

Imperfeita

refeita em lágrimas espera por mais lições em pauta preces generosas perdas demais.

Acho que te amo

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quando não ouso encarar o teu olhar quando não falo coisas pra te agradar (Miyasaki- Vidas ao vento) quando não te abraço pois o desejo é beijar.

Embriagada

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o copo vazio o corpo cheio (Mulher esperando no bar-  Damian Klaczkiewicz) sede de amor :
o corpo extenuado expõe as perdas ausente de sentimento vaga pelas ruas a cada esquina uma nova redenção alguns trocados amargos barganhados por pão. vendendo o corpo

Esquecida

Perdida num labirinto de palavras buscou em vão encontrar a primeira a que foi sussurrada pelo vento a que foi escondida pela memória.

Morte e Vida da palavra

Matar o poema, matar a palavra  é encarcerá-la num gaveta, numa página. É perde-la na fonte da memória que a consciência apaga.  Morrer e viver é uma constante dentro do ventre chamado paixão. Que surge pelo desejo de ler, compartilhar, amar Por mais célebre que seja o texto,  ele perece no instante que termina de ser lido,  e renasce acada momento que relido, declamado ousadamente estampado é como ideia na bolsa de uma menina como tatuagem exposta na pele fina como miragem que explode  na leitura do corpo.

O carteiro

fiz questão de entregar a carta. Não imaginava o conteúdo, mas aquela letra redonda e firme definiam seu íntimo. Depois de muitos anos trabalhando como carteiro instintivamente ousava definir quem era o remetente de cada missiva. porém aquela correspondência lhe cativara o coração, porque exalava uma suave fragrância que tocara a sua alma. Que maluquice! Falou consigo. Estava com indícios de ciúmes do destinatário. Andou por algum tempo até encontrar uma casa escondida entre as árvores. Chamou pelo nome Sr. Pablo! Sr. Pablo! Minutos depois apareceu um homem de idade avançada e ar plácido. Não conhecia o cidadão, porém todos do vilarejo comentavam sobre o famoso poeta que vivia recluso por aquelas paragens todos os verões. Foi naquele dia que decidi que queria ser poeta.

Nem te conto

Nem te conto, tentei escrever o dia inteiro. Nada ficou direito: a frase parou no meio o parágrafo ficou imperfeito outro dia eu conto.

Meu anjo guardião

Meu anjo guardador, hoje foi um dia de festa. Fui logo cedo à igreja, minha mãe sustentava-me a cabeça a cada cochilo que eu dava. O padre fez homilia mais alongada. Depois da missa cumprida, voltamos à casa. Meu vô me deu uma bola nova, minha tia uma camisa irada, meu tio me deu algum dinheiro e minha vó fez moqueca e minha mãe deu-me um abraço bem forte e disse-me que minha vida estava abençoada. Depois de tudo isso eu não devo pedir nada, mas pra ser bem sincero a coisa que eu mais quero é que meu pai volte pra casa. Obrigado meu anjo guardião cuide de mim e de todos lá de casa.

éramos nós

Antes de nascer a flor o amor a dor éramos inocentes sorríamos simplesmente brincávamos alegremente éramos pequenos crentes Depois crescemos viramos gente com tempo perdemos nosso referente Hoje ... somos maduros procuramos um porto seguro queremos ser meninos novamente.

Desejar profundo III

procuro um sentimento que preencha a alma cansada que supere os ressentimentos que aqueça as madrugadas persigo algo que transcenda o corpo o gozo a vontade de estar apaixonada

Pedi aos meus alunos ...

Pedi aos meus alunos que fizessem uma redação, não delimitei o assunto, mas sugeri que utilizasse o coração para expressar o que estavam sentindo.  Muitos falaram sobre o medo de conviver num bairro perigoso, outros falaram sobre a situação familiar e outras preocupações de cunho econômico.  A medida que lia conseguia vislumbrar a justificativa de muitos comportamentos em sala de aula, por exemplo, consegui entender porque uma determinada aluna faltava tanto. A justificativa era simples, ela compartilhava o sapato com outras duas irmãs, logo quando uma ia a escola as outras duas ficavam em casa, pois não podiam comparecer sem o uniforme completo ( aqui em Salvador utilizamos o termo "fardamento"). Outro caso que me tocou foi de um menino que durante as aulas sempre dizia que queria ser presidente, não tinha outra profissão para ele, a questão era ser presidente do país e ponto final. Lendo a sua redação percebi que ele vivia em quase abandono emocional. A mãe separo

Para quem me lê

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Boa noite/ Bom dia, Vejo que há pessoas que acompanham os meus escritos, muitas vezes são surtos imaginativos, outras palavras um tanto desconexas. Lançar palavras na Web, tem a mesma ideia das palavras lançadas ao vento, parece não ter sentido, parece que vivemos só. Hoje estou especialmente, comovida, sensível, ... ler as notícias é um verdadeiro tormento, violência para todos os lados, violência de todos os "desgostos"... dentre tantas quero falar de uma que me atinge no âmago. É a violência contra à mulher, hoje mata-se mulheres como se matasse baratas. Os motivos são os mais torpes, mais estúpidos, mais covardes,... A lei Maria da Penha é uma pontinha de vitória contra a impunidade, mas há muito a ser feito. Gente vamos denunciar nossa omissão permite que muitas Anas, Marias, Elizangelas, Fátimas,... sejam brutalmente violentadas e mortas. Hoje, estou triste porque os índices não param de aumentar e nada acontece! Lu Ribeiro Elza Soares interpreta Maria da Vila Ma
Tinha quase quinze e acreditava ser muito madura para sua idade. Não achava graça dos meninos que estudava com ela e muito menos se interessava pelos garotos de seu bairro. Sonhava com os protagonistas dos romances, suspirava por eles. Por hábito lia nas aulas de exatas, até que um dia foi pega em flagrante pelo professor de desenho geométrico, conclusão foi expulsa de sala e encaminhada para sala da coordenação. Enquanto esperava a punição chorava disfarçadamente, pois era uma aluna exemplar. Os pensamentos de Emma foram interrompidos pela risada de alguém que em seguida disse: Há uma primeira vez para tudo, pare de chorar boba. Emma arregalou os olhos e percebeu que ao seu lado estava Miguel. Ele era o garoto mais chato que conhecera. Estudavam juntos desde a quarta série e durante esse tempo ele implicava com ela. Chamava-a de cabelo de espana lua, cara de lua, boneca de cera,... Ah! Como odiava ele! E assim com. tudo isso na cabeça virou pra ele e disse: vá para o inferno!

Lua solidária

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Nos últimos dias irritada ontem irada. A lua solidária por instantes eclipsada sangrava. (Arquivo pessoal-Lua _noite 28-09-2015)

Surto

o desejo cochichou me um segredo: todas as vezes que andava distraída ele me acompanhava as escondidas cada passo era seguido por um suspiro cada curva contornada era motivo de alívio cada rua era uma surpresa mas foi no beco que perdeu o tino.

A onda

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Quando percebi a onda vinha em nossa direção,  corremos o mais rápido possível,  dobramos a esquina,  pegamos a rua adjacente,  mas foi em vão  a paixão pegou-nos em cheio.  Em fração de segundos estávamos submersos pelo desejo. (Arquivo pessoal- praia de Aleluia- SSA-Ba)

tesão

é barulhento esse pensamento é tão ruidoso desisto de ser cuidadoso expele desejo  assombra o medo quase revela segredos  eita! Barulhinho gostoso

Pedido

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Queria me apaixonar novamente queria sentir arrepios formigamento no estomago sentir borboletas me conduzido E,todas as vezes que nele pensasse  o mundo mudasse tornando-se cada vez mais florido. (Azaleias do meu jardim- by Lu Ribeiro)
entrego-me por inteiro tenho o acaso como meu fiel escudeiro em cada letra me transbordo sem reservas em versos me mostro

assombro

a tarde preguiçosa atrai meus pensamentos lentos me deixam à sombra sobram apenas saudades

grito de independência

hoje a independência foi minha meu grito de agonia foi aplacado meu céu coroado hoje sou muitas minha mãe minha tia minha prima minha luta hoje eu grito chega de covardia chega de sexismo chega de porrada chega de ironia hoje a independência é minha. (minha simples homenagem a todas as mulheres vítimas de violência)

Primavera

ela se aproxima seu cantarolar a anuncia antes mesmo de se apresentar é tão bela que tudo a reverência cada ser desse lugar quem é ela? muitos estão a me perguntar prontamente respondo: é a rainha bela majestade Primavera que veio nos visitar.

frágeis

laços afrouxados ressentimento aumentado sentimentos desgastados trocas de desilusão

perversa

pelo avesso acerta pelo erro nega.

Poema Cru

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quero um poema áspero sem sentimentalismo sem nuances  sem forma bem talhada (Frida Kahlo-"La columna rota" by 1944) quero toda crueza nenhum aspecto de beleza sem candura sem melodia quero que sangre sem piedade sem resquício de vaidade sem medo  em fim.
pari o futuro sem alarde sem medo nasceu velho sábio e mudo não sobreviveu muito desfaleceu ao amanhecer de sua prima irmã Saudade.
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Engasguei Tossi raspei a goela expeli poema bolado feito gato cuspi. (Arquivo pessoal_ Mino)

Faltosa

Falta-me a paciência falta-me o ar falta-me a paz falta-me a mar

Lara

Subiu as escadas no galope, aula havia começado. Era a segunda vez na semana que se atrasava. Sala estava cheia, mas a boa amiga Verônica guardava um lugar. Da melhor maneira possível, desviou dos colegas. Assim que passou pela quarta fileira, seus livros caíram sobre Antônio, imediatamente começou a pedir mil desculpas, mas sua boca foi silenciada com um beijo.  O beijo durou uma fração de segundo, foi tão intenso que a fez perder o fôlego, o chão e principalmente a cabeça. Foram os gritos dos colegas que a fizeram despertar. Ao abrir os olhos percebeu o que havia acontecido, quis sair correndo, mas suas mãos estavam seguras e as pernas bambas. O rosto ficou em chamas, abaixou a cabeça e desabou na cadeira ao lado da amiga. Verônica balbuciou alguma coisa, mas não conseguiu entender,  sentia raiva de si, como pode permitir tamanha ousadia.  Assim que, o professor entrou na sala, a balburdia acalmou, Lara tentou prestar atenção, ficou calada o tempo todo, não tirou os olhos d

sótão

Lentamente entrou no corredor, virou a direita e desceu as escadas. Alcançou o porão mal iluminado e praticamente vazio, o único móvel era um baú velho. Abriu a tampa com cuidado e junto das coisas desfolhadas pelos anos encontrou a caixinha azul. Era lá que jazia a felicidade revelada nas poucas fotos.  Lá tudo era perfeito lá,o amor valia mais.
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Em versos sonho saudades esmaecidas encontros supostos palavras estanques em versos tangem sonhos de menina. (by casa rosa)

Coração de Pedra

Hoje sou pedra lisa indiferente aos inimigos inabalável pedra bruta muda pedra dura fria

A perfeição

Poesia é  libertadora, tábua de salvação, por vezes, pedra de tropeço outros momentos pedra de construção.

No compasso de Rosa

A voz de Rosa embalou muitos momentos meus quando esses momentos eram só seus.

pensamento livre

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liberdade plena, caso contrário cárcere disfarçado (by casa rosa)

Sobre Anatomia de Lem Lam

Olhar inteligente   decifra as ruas interpola imagens qual face é a tua? Inspirei- me no poema de minha queridíssima   Lem Lam no seu poema "Anatomia". http://blogdaleelam.blogspot.com.br/2015/08/anatomia.html?showComment=1438975953994#c3522840805558384831

MEDO

a trave nos olhos entrave na vida limita exclui escraviza

A última palavra

Numa discussão acalorada Plínio tem por hábito dizer a última palavra. Débora há muito tempo andava chateada Afinal ela era sempre a culpada Até que um dia percebeu a oportunidade de passear na cidade, percebeu o que a moda dita. Vivendo nas cercanias pouco via gente e pouca gente havia. Numa manhã de sábado não por acaso resolveu cortar as madeixas eram inúmeras queixas com o calor que fazia. Foi ao salão da Gracinha colega de longa data desde os tempos de menina. Sentou na cadeira e disse: _Corte essa cabeleira não aguento mais com calor, minha querida! Voltando pra casa toda feliz da vida deu de cara com Plínio que pasmado nada dizia. Ele ficou parado, ela com sorriso nos lábios disse: _ Fiz o que queria. Acabou! Agora, a última palavra é minha! 

mitigando

Coloquei no pilão um punhado de hipocrisia juntei pitada de fel um pouco de mel um tico de saudade. Moi o medo cunhei segredos passei o dia todo assim.
Desejei o outro que não era eu que não era meu que era outro que era tolo porque queria ser teu.

Vende-se

a tristeza acampou em meu coração por esses dias a felicidade foi embora, trocou-me por outra vida a nostalgia quer morar comigo a verdade passou por mim desapercebida o coração está bagunçado o pensamento está lotado o amor está em liquidação.

Reminiscências de um sonho (parte3)

Guissepe ao chegar em águas brasileiras, sente-se cheio de esperanças. Olha a pequena Gioconda com ternura, mas ainda sente todo o fardo da tristeza, a lembrança de sua esposa. Teresa foi uma mulher maravilhosa, possuía uma personalidade dócil, que disfarçava toda a sua atitude de mulher mandona. Ela gostava de organizar a casa com esmero,  no entanto, era  essa doce criatura quem gerenciava os negócios, Guissepe era um mero fantoche, cabia-lhe apenas colocar um sorriso no rosto e ser polido no trato com as pessoas. Teresa tinha um forte tino empreendedor fora criada para ser dona de casa, porém seu pai percebendo o jeito da filha lhe ensinou as escondidas a fazer a contabilidade, organizar estoque,... coisas que não cabia ao papel feminino. Submerso em seus pensamentos, Guissepe não percebia as pessoas em seu entorno. Sua mente só questiona-lhe sobre a decisão em viver em terras estranhas carregando uma filha de seis anos e uma irmã viúva. Será o que o destino vai lhe reserv

Tímido

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Fico cá no meu cantinho suspirando por um momento em que distraída passa sorrindo eu em silêncio lhe seguindo com aquele olhar de quem deseja um simples acendo tímido ou sorriso benfazeja. Ah! Aquele andar desfilando que lindo! Como bailarina fosse brinca com meu íntimo que vontade de tê-la em meus braços reitero que sou fraco prefiro ser ignorado do que por fim perdê-la. (imagem Google)

Reminiscências de um sonho (parte2)

A pequena Gioconda  guardou na memória por muitos anos o passeio que fez no convés do Colombo com seu pai. Afinal, a dura viagem que se estendeu por longos dias dava-lhe a sensação de ter durado meses, e porque não dizer anos. Quando vapor deixou o porto de Gênova no inicio da primavera o calor já se pronunciara, mas a menina teria que usar vestidos escuros pois estava em estado de luto por causa do falecimento de sua mãe.Na verdade os vestidos incomodavam menos que o distanciamento de seu pai. Giuseppe era um homem bem alto, educado e comunicativo tinha empreendimentos diversos, era respeitado por sua comunidade. Contudo, desde o inicio da doença da esposa ficou distraído. Seu semblante refletia sua agonia e preocupação. Quando a esposa veio a óbito estava sem forças e deprimido. Ficou aproximadamente vinte dias trancafiado no quarto, deixando sua única filha aos cuidados de sua irmã mais velha, Maria. Maria cuidava da menina e de seu irmão com grande afinco, relegando sua

Reminiscências de um sonho

Mariana fechou o livro, guardou os óculos, guardou os papéis e o lápis. Tentou fazer o mínimo ruído. Sentia as mãos doloridas e os olhos cansados, mas o seu coração estava alegre. Valeu o sacrifício, finalmente encontrou registros de seus tataravós. E assim, pode reescrever a história de sua família. Tudo começou com o vapor que saíra do porto ...

Madrugada

mergulho nos braços da solidão o aconchego que me entorpece não merece um só gesto de perdão. Sem ressentimento entendo que estar só não é viver fora da multidão é o laço que se estende entre mim e ti toda a serenidade da aceitação.

Balanço

Busco o equilíbrio entre o desejo e a sanidade. O vai e vem intenso retira-me o eixo não me queixo Algumas vezes sou pêndulo outras vezes desequilibrada mesmo.

Vorazes

não temo tremo quando me tocas temos trocas de olhares de lugares somos vorazes.

Condicionais

Se me habituo com a solidão não significa que ser feliz é ser só Se quero o silêncio entre as palavras não significa que amo a palavra silenciada Se prefiro o entardecer de cada dia não significa que sou indiferente a Aurora que se anuncia. Todas as condicionais dão liberdade as minhas contradições. "Pouco amor, para muito tempo para amar." Parafraseando Nina Simone

Reflexo

A pior mentira é aquela que se faz diante do espelho. Forja-se um sorriso, mas a dor refletida nos olhos tende a mostrar aos mais atentos que o reflexo é falso.

Breves minutos

Ela hesitou um pouco, mas decidiu enviar a mensagem. A mensagem cifrada disfarçava a esperança de alguma resposta. Depois de dois breves minutos recebeu a resposta " você está aqui? Diga-me onde." Ela informou a sua localização e segundos depois ele apareceu. Desceu as escadas com desenvoltura e a medida que se aproximava o coração batia enlouquecidamente. Abraçaram-se e o contato dos corpos foi único e durou para sempre na memória e no coração. Ela tentou disfarçar, estava prestes a abandonar tudo e ir com ele.

Saltimbancos em duas rodas

Eles tiveram um amor de verão que por acaso virou uma amizade para vida inteira. Ela com todo romantismo que lhe cabe aos cinquenta. Ele com toda sabedoria dos seus vinte e cinco. Juntos movem o mundo, reviram os sonhos e plantam paixões pelas estradas do interior do país. Simplesmente eles são amantes da vida. Carregam na garupa de suas motos a generosidade, a alegria e o poder de fazer sonhar que se revela no sorriso de uma criança, que simplesmente os reconhecem por Timbumm e Tita.

As areias de Jeri

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Ela continuou a caminhar pelas dunas. A areia fina passava pela proteção da roupa e rasgava-lhe a pele. O sol de Jeri era impiedoso com os mais fracos, parecia que o calor calcinava os ossos. Além disso, aumentava a sensação de carregar toda a culpa do mundo nas costas. Afinal, abandonara o marido nas vésperas das bodas de porcelana. Esse pesar em particular fazia parte do ônus de sua escolha. Respirou profundamente, ajeitou os cabelos, prendeu o lenço sob o chapéu de abas largas, passou batom nos lábios e ornou-se com um sorriso franco. Depois, acenou para o seu amor que brincava de desmanchar as ondas do mar. Definitivamente estava feliz.

Salve, Salve o mês Junino

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tem cravinho tem bolo de fubá tem churrasquinho tem muito pra dançá Nesse mês Junino tem festa no arraiá pau de sebo cabra cega tem fogueira pra pulá tem quadrilha ensaiadinha tem fogos pra soltá tem bandeira colorida tem festa ao luar Nesse mês Junino no início São Tuninho no meio São Jão no final São Pedrinho Ah! Tem festejos de montão.

O show

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o violão (Vander Lee- Show Acústico-SSA/15)  a luz o coro a canção o coração a voz o silêncio a paixão as mãos o desejo o beijo a declaração