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Mostrando postagens de abril, 2015

Novo Rumo

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  Tatiana custou a se levantar, não dormira direito. Seus pensamentos foram impiedosos carrascos, lutou com todas as suas forças, mas eles ficaram cada vez mais perversos.  Não sabia como retornar a vida de solteira, agora não tinha mais o fulgor dos vinte cinco anos, entrara na casa dos trinta e nove, daqui a alguns meses já terá entrado na casa dos "enta". Sentia-se velha, mesmo que o espelho mostrasse o contrário. Lamentou-se por não ter tomado essa decisão antes. Hoje, além do peso da idade, tinha duas crianças para cuidar. Os meninos eram vivazes, percebiam o clima ruim entre os pais. O mais velho, Guilherme, todas as vezes que a encontrava enxugando as lágrimas dizia "Vou te dar um beijinho e tudo vai passar.". Taty se consolava com a ingênua demonstração de apoio e se recompunha, e mentalmente repetia o mantra "preciso ser forte".     Hoje o dia amanhecera chuvoso, mas sentia as preocupações da noite anterior estavam impressas em suas olheiras,

Corina

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Enquanto ouvia Corina sua voz secular aparência de menina

Um "Q"

"Q"... ficou um longo tempo esquecido na página, não se definia. Poderia ser um "Q" de querido, mas a palavra saía sofrida tentei um "Q" de qualquer, soou indefinido Esse "Q" suspenso na página não fazia sentido. "Q" me perturbava  eu queria acabar com aquilo De tanto escrever e apagar horas e horas a fio. Resolvi deixar o "Q" pra lá Assim quem o lê-se saiba defini-lo.

O passeio

   Lembro-me com alguma clareza a primeira vez que fui a uma cachoeira. Na época minha tia ainda era noiva e a maioria dos meus tios estavam solteiros. Não tenho em mente o endereço do lugar, era um sítio que ficava lá para as bandas de Barra de Guaratiba.   Nós éramos onze pessoas numa "kombi azul geladeira"*, de bancos de corino surrado e com o volante grande cheio de folga. Quando automóvel quando fazia a curva joga todos de um lado para o outro, a sorte é que ficamos bem juntinhos. Minha tia ia na frente com o noivo e meu irmão. Detalhe, naquela época criança podia sentar na frente, cinto de segurança eram meros enfeites, o essencial era ter rádio e os modelos modernos vinham com entrada para fita K-7.    Meus tios Nivan, Reinaldo e Deval eram encarregados pelos refrigerantes e as cervejas, enquanto isso,  minha avó e minha tia responsáveis pela comida, bolos, empanadas, biscoitos. Levamos mais de uma hora para chegar, enquanto isso o meu relógio interno dizia que s

Amor de Menina

Tati cobriu os olhos com as mãos e iniciou a contagem. As crianças que estavam ao seu redor, se dispersaram. Cada um escolheu o seu esconderijo. Depois de algum tempo a menina gritou "Tô indo, viu!". Ela abriu os olhos e correu para encontra-los. Sabia que suas primas Lulu e Lala estariam de baixo da mesa da cozinha e que o irmão, Diguinho, estava atrás da porta da sala, porém, os ignorou. Pois, seu coração de menina já batia estranhamente acelerado para o vizinho, Dudu.

Bom dia, amor.

O amanhecer na expectativa de encontra-lo, faz com que a minha alma se aqueça antes mesmo dos primeiros raios de sol rasguem o céu. Mesmo, assim você nem percebe esse meu estado de epifania. Entre um falar e outro trocamos um singelo "Bom dia".

Vi você

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vi as formigas tão compenetradas a trabalhar no fundo do quintal os pássaros a cantar céu róseo o sol se desmanchando você dormindo em meus braços e a rede a nos embalar felicidade pairando no ar. (imaagem Tumbler)

corajosa

Esfregou os olhos arrumou os cabelos limpou os joelhos preferiu não chorar ergueu-se devagar sorriu sem felicidade o abandonou sem pestanejar abrigou-se nas ruas jurou não se matar.

A espera

Escutei os seus passos na escada, o barulho da chave na porta o coração em arritmia Senti a sua respiração sôfrega as minhas pernas trôpegas a sua voz rouca nossos corpos em ebulição.

Sem Glória

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Na parede o Santo espiava,   me olhava com tanta piedade que a lágrima furtiva escapava Um sentimento exilado, me inquiria com tanta vontade que a razão esvaziava Mesa posta, oposta ao nada, eu o aguardava Mas as horas fugiam em disparada enquanto a minha chegava como uma decadente  estrela  a calçada fria, minha última morada.

Sem Rota

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Todos os caminhos não levam até Roma Perdida entre milhares de milhas mares, marinhas,  águas azuis No firmamento  o beijo entre céu e mar meu estado in Blues.

Na beirada da estrada

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Na BR101 perto de Santo Antonio de Jesus há uma tropa bem alinhada aguardam ansiosos as paradas dos fregueses que pela via conduz.

Tímida

    Quanto sentimento. Olho para você e tenho tanta coisa para falar, mas as circunstâncias me impedem. As nossas conversas sobre tudo não falam nada sobre nós.      Desvio os meus olhos dos seus.  Seus  olhos meninos que escondem as têmporas grisalhas,  as preocupações, as noites claras.      Você fala sobre seus sonhos, secretamente  eu os alimento  e   os acaricio em meu tímido sorriso . Sou cúmplice insuspeita, dissimulo tudo para que você não perceba essa minha fraqueza, essa canhestra certeza que desejo você pra mim.

Desvio

_ Laura?! _ Sim, Pedro. _Eu preciso falar com você? _Não, tenho tempo pra isso. _Querida,  me ouça. Foi um vacilo, por favor entenda. _Não _Querida eu fui fraco, isto é, foi um momento de fraqueza. Eu juro, isso nunca mais vai acontecer! _... Pedro, pensando melhor, eu te perdoo.  _Ufa! Que mulher maravilhosa você é. _... Pedro... eu preciso falar uma coisa... eu também fui fraca... _ Hummm! Prossiga ... _ Querido... naquele dia que fiquei te esperando... você não apareceu... eu bebi todo vinho... ligava pra você o seu celular estava desligado. Lembra? _... hum, hum _Pois bem, eu me senti tão desprezada que liguei pra seu amigo Joca, perguntando por você. Ele se compadeceu e ficou tão preocupado que veio até meu apê. _... _... então entre soluços e lágrimas nós nos beijamos... _... hummmm _... a coisa foi aumentando que acabamos na cama... você me perdoa? Benhê? _... Sua FDP!!! Nunca mais quero falar contigo. Eu que pensava que o Joca era só meu! Bandida!

Instigante

Conta-me sua história seus olhos oblíquos insinuam grandes segredos Sua boca é um convite para decifrá-lo. A senha ? Meu desejo.

Coisas da Alma

Minha alma chuvosa se alegrava com a água que caía. Minha alma é terra ardente que precisa da fecunda chuva que me irriga.   Minha alma plúmea coexiste na neblina A alma avessa só é direita  com ventania.

verdades

Ele mente, na minha mente ouço a minha voz: Mentiras!

Negação

Nega-me um quinhão de seu ardor e todos os beijos silenciados por outros desejos Nega-me o seu abraço esquecido em outros abraços Nega-me o seu olhar perdido a cada esquina seguindo outros corpos a passar Além de tudo, nega-me sua coragem que insiste em me aprisionar Nega o pão de minha alma, aquilo que chamam de Amor.