Postagens

Mostrando postagens de julho, 2013

Quase uma fábula (ou Fábula do Leitão e essa Fadinha)

Imagem
O leitão morreu. A culpa é dessa fadinha Ela rebolou gostoso e o coitado só deu uma “gemidinha”. Feliz dia do Orgasmo!

Menina má. com

Imagem
   Ellen Page protagonista do filme "Menina Má.com Pisei no teu coração   limpei os pés com o vento Passeei por cada curva de teu corpo Não tive pena Usei te por inteiro

Nota Avulsa

Imagem
Cuidado! Quando abrires a mala Escondi alguns vestígios da noite passada Os sussurros ao pé do ouvido o gemido intenso, inaudível. O meu cheio de flor colhida no ato. Escondi um pouco de mim. Cuidado!   Não se apaixones por mim.

NOTA INTERMITENTE

Imagem
NOTA INTERMITENTE Nem vinho e nem vela Quero  o seu corpo incansavelmente Beijar cada parte sem pressa Falo explícito Sexo ardente.

Ao devotado amigo

Devotado amigo,  hoje não quero mais viver. Prefiro a companhia dos decrépitos vermes aos "bons amigos" que eu possa ter. Da vida nada usufrui. Tudo o que adquiri coube numa valise de mão. Filhos, eu acho que não os tive, não suporto choro de criança, aliás, confesso preferia ter nascido adulto, que fase desgastante  é essa da infância e juventude. Sobre o amor, prefiro adiar esse assunto, porque acho que eu nunca fui capaz de descobrir o que é um amor no "duro". Lembro-me vagamente de Constância, loura, bilíngue, organizada e acima de tudo boa de cama. Pois bem, meu amigo, eu não sei se devo ser tão  sincero, além disso, desfrutaste comigo  alguns momentos, que por assim dizer,  for am os mais belos   Vivíamos regados à c erveja outras vezes vinho. Farras intermináveis, madrugada a fora. Lembra-se do Pedro Ernesto, o musico deprimido? Pois é, enforcou-se com as cordas da viola. Dizem que foi por causa do seu amor secreto por Rodrigo, outros afirmam que

Guarda Rua

Imagem
A fotógrafa  Patricia Almeida  registrou essa bela instalação artística nas ruas de Portugal Essa rua fosse minha Não deixava a dor passar Com guarda-chuvas coloridos Eu mandava adornar Se essa rua fosse toda minha Eu brincaria sem parar Chamaria todas as famílias Para que nela fossem passear Essa rua é minha Com amigos  vou compartilhar Não afasto os excluídos para eles a rua eu quis adornar. A minha rua é colorida para o menino abandonado sonhar Pois a vida é muito dura Na minha rua eu o quero abrigar.

Vidas perdidas

Imagem
O Belvedere da estrada do Contorno (da Rio-Petrópolis), foto reproduzida por Rouen Julia acreditou na promessa. Em breve voltaria aquele lugar. Arrumou os cabelos no alto da cabeça, prendeu-os com a presilha espanhola. Sua face resplandecia, era chegada a hora. Calçou as luvas, pegou a mala e partiu deixando para trás o aroma de jasmim. Leopoldo aguardava sua patroa, percebeu que nem o pó de arroz conseguia disfarçar as profundas olheiras, o vestido parecia engolê-la, as luvas estavam amareladas, os cabelos mostravam na fronte os fios de marfim. Pegou as velhas malas e depositou cuidadosamente no fundo do automóvel. O carro ganhava velocidade pelo caminho arborizado, serpenteava a colina. A cada curva  aumentava o enjoo. Aquelas náuseas matutinas que a assombrara por longas manhas parecia retornava à medida que o veículo vencia a estrada. Tinha certeza que tudo daria certo, afinal não completara 40 anos, sabia que tinha muito por  viver. Plínio certamente acreditava na cu

Cochilo (um conto em construção)

Imagem
 Nu reclinado em rede , Antônio Frilli (Créditos:  Redes Vitória ) Aquelas tardes quentes de preguiça, o Sol encoberto entre nuvens, a brisa morna, o vai e vem da rede, o marulho ao longe. Deu aquela vontade de  contemplar o firmamento, e nesse pensar fui adormecendo.  Acho que vi os meus cabelos em desalinho, que pendiam ao chão. Percebi que as memórias que vinham fila indiana me acalentar, enchendo a minha rede até transbordarem lentamente em direção do mar. O meu corpo permaneceu inerte, mas a minha alma fugiu com as lembranças. A brisa me sussurrou segredos, eu lhe sorri. Corri em direção à praia, mas meus pés não deixavam marcas, não tocavam a areia branca que me cegava. O meu corpo etéreo misturou-se com as ondas do mar, sentia que flutuava no vai e vem das ondas, uma voz ao longe me chamava. Sem saber ao certo avistei uma casa, ela era minha, deu uma vontade de ficar por lá. Mergulhei sem medo me encontrei menina brincando com as estrelas do mar. Tentei t

O e-mail

Imagem
Outro dia recebi um e-mail o remetente era desconhecido, mas como não tinha anexos, pensei que fosse inofensivo. Mas para o meu espanto, vinha nele um convite. Sujeito maduro de poucos anos, acha que é bi, na verdade está em conflito. Suposto morador da mesma cidade que vivo, propôs um encontro via skype para um bate papo mais íntimo. Li o convite sem nexo, porque em nenhum momento me expus para receber tal apelo, foi então que eu percebi que ele observava as minhas poesias e supunha o que estava escrito era tudo vivido. Foi então que eu percebi que ainda existiam pessoas que confundem o texto como algo experiênciado por quem o escrevia. Achei por bem, responder o email, visto que “aquele tipo de contato” não me satisfazia, se ele tivesse poesias ou outros textos para compartilhar, tudo bem eu o faria. Caso fosse outra sua intenção aquilo não me aprazia. Dois dias se passaram e nem uma resposta eu recebia, até que ontem bem tarde da noite encontrei o email que dizia. “Eu

A viagem

Imagem
A viagem La Mort de Casagemas  ,Pablo Picasso , 1901. ‘ Preste a partir. O homem sozinho diz: - Estava esperando por você. Veio fazer companhia para mim? Ela lhe dá um funesto beijo em sua fria face.Sorri. É o fim.

Pombear

Imagem
Pombear         Meninos no Balanço óleo sobre tela, 1960, 61 x 49 cm. de Candido Portinari Estava Marta sentada no banco. O velho grande banco da Praça do Sossego. Os cães dormiam à sombra do imenso Carvalho, cujas galhas arqueavam até o chão. Os pombos despreocupados serviam-se das migalhas esquecidas pelos meninos que brincavam nos balanços. Marta os observava. A tarde morna convidava para um cochilo, os meninos jogavam as mãos para o ar todas as vezes que o balanço subia. As pombas continuavam lá, comiam, comiam. Os cães esticavam suas patas até o infinito. Marta de soslaio tudo apreciava. Os cães, os pombos e os meninos.

Homenagem: Fora da Ribalta

Imagem
Sai de cena, encarei os fatos, não há como apagar o passado. Teci com os fios da madrugada toda solidão de nosso amor linha ténue entre a loucura e a lucidez. Dejetos de desesperança Reflexos dum gesto morto mímica  extirpada  das entranhas. Balada lúgubre de um grande amor torto. O apagar das luzes de um tolo. Lu Ribeiro *************************************************** Para inesquecível  Marilyn Monroe  (  Norma Jeane Mortenson)  foi uma  atriz ,  cantora  e  modelo   norte-americana  que estrelou em 29 filmes que se tornaram um sucesso durante os anos de 1950 e 1960, e fizeram dela um  sex symbol . Depois de passar boa parte de sua infância em lares adotivos, Monroe começou uma carreira como  modelo , o que a rendeu um contrato no  cinema  em 1946, com a  20th Century-Fox . As circunstâncias de sua morte foi de uma overdose de barbitúricos, e têm sido objeto de especulação. Embora oficialmente classificado como um "provável suicídio", a possibilidade de uma ove

Desejar profundo

Imagem
Desejei o teu corpo Depois o teu beijo Dentro de mim Depositaste todo o deleite Dilúvio meu, Desaguar do teu corpo em  puro êxtase, Delirantemente se rendeu a mim. 

Ansiedade

Imagem
Corpo ausente dormente, complacente à dor dor mente. Febre alta aguardente dor minha delirantemente. Escorre da veia amarga e quente, diluindo a alma lentamente. Um  flerte  com "Desencanto" de Manuel Bandeira

"Outonei"

"Outonei" o silvo o vento triste, o sussurro as folhas secas a memória a frígida miragem terceira estação em mim.