Assim que entrou no prédio, o porteiro informou-lhe que havia chegado uma caixa pelo correio. Ela agradeceu a ele, agarrou a caixa, saiu em disparada para o elevador. Mal conteve a ansiedade das mãos, pensou alto “Vou estrear isso hoje!”. Apertou o botão do elevador, seus dedos tamborilavam a embalagem energicamente. Esperou, suspirou, olhou para o relógio quase cinco minutos de expectativa. Mas, a ansiedade era tanta que no decorrer do tempo à espera virou irritação, pois o infeliz do elevador não chegava. Para recuperar o controle respirou fundo, tentou lembrar-se dos mantras da aula de yoga, contou até dez, fez exercícios de respiração, ... o tempo parecia não passar. Finalmente, quando o elevador chegou, abriu a porta. Nesse instante ela se deparou com um casalzinho se beijando, não perdeu a oportunidade e largou o verbo: “É foda! Por que não vão para o motel? Esse prédio é de gente de família!”. O casal saiu sem graça, e bem rapidinho evitando os olhares de reprova