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Mostrando postagens de junho, 2013

Papillon

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Papillon Polinizarei seu coração minhas frágeis asas roçarão tua pele, sentirás toda a doçura fecundarei sem langor sua alma sucumbiremos de paixão.

Out of the night

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Sela o beijo leito em chamas cela de paus. Galope intenso sela a boca vermelha seda sede de caos. e

Sou a favor da amorfia

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Sou amorfo a Norma não norteia minha lida. O que lidera o meu pensamento, lotes de ideias criativas. O que mais me gratifica é que nem todo verso tem ritmo é que nem toda palavra pode ser forjada à frio. Pode acreditar no que eu digo que nem toda prosa versa com estilo. Sou definitivamente agramatical e temperamental, mas evito ser boçal. Sendo assim, toda norma é   um suplício, portanto eu abdico.

O que faltou ainda dizer sobre a praia da preguiça?

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(Arquivo pessoal- Movimento 2 de Julho_ Que ladeira é essa?) O que faltou ainda dizer sobre a praia da preguiça? Que os saveiros aportavam na Enseada trazendo de longe mercadorias Podia ser tecido, peixe, feijão ou farinha. O que faltou ainda dizer sobre a praia da preguiça? Que os escravos conduziam no lombo muitas vezes com pés acorrentados suprimentos pra burguesia. O que faltou ainda dizer sobre a praia da preguiça? Que hoje a Baia Marinha tomou conta do pedaço Quebrar mar pra alojar mais barcos Aumentando conforto da sua freguesia. O que faltou ainda dizer sobre a praia da preguiça? Que o Ibama liberou a construção Afinal a areia desavisada Migrava para outras bandas, fugia. O que faltou ainda dizer sobre a praia da preguiça? Que a faixa de areia da praia sempre diminuía ocasionando deslocamento desnecessário Comprometendo toda a vista! O que faltou ainda dizer sobre a praia da preguiça? Que há comunidades que dependem dela Sen

Os pe(s)cadores

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(Movimento 2 de Julho-Que ladeira é essa?- foto Paterson Franco) Quem desce a ladeira? É Lázaro, é Café Combalidos, quase sem fé. Quem desce a ladeira? É Lázaro foi que artista plástico É Café que foi soldado raso. Que ladeira é essa? Essa é a ladeira da preguiça.

Ela, ele e Mino

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Ele coçou a cabeça tentando encontrar uma resposta, mas nada fazia sentido. Ela ignorou os gestos dele, preferiu dar prosseguimento ao que estava fazendo. Colocou algumas roupas na sacola, na caixa maior colocou as fotos de seus pais, dois livros de Neruda e os Lps de Cat Stevens e Sarah Voughan. Na caixa menor colocou a comida e os brinquedos de Mino. Enquanto isso, ele a observava. Impassível, incrédulo. Algum tempo depois, saiu de seu transe, descobriu que ela havia deixado todas as joias, a maioria das roupas, todas as fotos de viagem, livros compartilhados e as chaves da casa e do carro. Ela partiu sem olhar para trás. A mágoa era grande, ponderou, mas disse a si mesmo: “Eu não a perdoo. Ela levou o meu gato!”.

A caixa

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Assim que entrou no prédio, o porteiro informou-lhe que havia chegado uma caixa pelo correio. Ela agradeceu a ele, agarrou a caixa, saiu em disparada para o elevador. Mal conteve a ansiedade das mãos, pensou alto “Vou estrear isso hoje!”.  Apertou o botão do elevador, seus dedos tamborilavam a embalagem energicamente. Esperou, suspirou, olhou para o relógio quase cinco minutos de expectativa. Mas, a ansiedade era tanta que no decorrer do tempo à espera virou irritação, pois o infeliz do elevador não chegava.  Para recuperar o controle respirou fundo, tentou lembrar-se dos mantras da aula de yoga, contou até dez, fez exercícios de respiração, ... o tempo parecia não passar. Finalmente, quando o elevador chegou, abriu a porta. Nesse instante ela se deparou com um casalzinho se beijando, não perdeu a oportunidade e largou o verbo: “É foda! Por que não vão para o motel? Esse prédio é de gente de família!”. O casal saiu sem graça, e bem rapidinho evitando os olhares de reprova

Doce Vlad

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Escrevi na parede do meu quarto as lembranças daquela noite. Senti um arrepio. A fria brisa  me beijou suavemente a pele, inconsciente explodi o desejo contido. Escrevi na pele do meu corpo todas as palavras beijadas desde a nuca até o ventre e os versos lavrados pelos seus dedos urgentes. Escrevi com sangue vivo os delírios irados pelo seu falo contundente. Seus dedos, face, barba, língua, dentes fincados em minha jugular. Morri de prazer.

GANHANDO O PÃO

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Novamente, parada na rua! Porra! Assim não dá pra ganhar o pão. Afinal vendedora de bala também é profissão. Tabuleiro pesado, tô devendo ao seu Olegário. Diacho de homem perturbado! Acha porque trabalho na rua aturando qualquer situação, sou obrigada aguentar sua “lera”? Humm tá bom!Moço, essas são três por um real. Aquelas são de um real e cinquenta. Vai querer? Não! O que tá pensando! O que! Largo este tabuleiro e te encho a cara ,canalha! Vá! É a mãe! Vixe! Os canas! Essa não! Eu? Não senhor, eu não roubei ninguém! Tira mão de mim! Pare! Vou gritar!Ahhhh!... Acordei moída, com o coro ardendo. Cheguei à conclusão, assim que for liberada, vou mudar de profissão. As meninas da rua direita disseram que o amiguinho delas não deixa a policia botar a mão.  Decidi:Não vendo bala jamais.

D.R. Vrtual

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Dois adolescentes. Ela: On-line: :) Ele: On Ela tecla: “Agradeço a excelente companhia :)”. Ele responde: “Sim...” Ela continua: “Tenho outras histórias pra contar. Com você o riso sai fácil, as ideias são voláteis, ligeiras e sacanamente picantes. ;)" Ele:"Sim, foi gostoso, mas...” Ela, intrigada, pergunta: "O que você quer dizer com esse mas?" Ele reticente responde: " Adorei nosso papo,... embora tenha achado ...o seu discurso extremamente romântico e idealista." Ela não acreditou no que lia, respirou fundo e respondeu “-Ai, ai, viu... Infelizmente sou assim. Uma pessoa inconstante, às vezes romântica, outras idealista, outras amarga, outras ácida,... e por aí vai. Mas sou a sim mesmo inconstante como o mar, temperamental como a lua, teimosa feito mula! Esta sou eu. Ele: “Calma!” Ela: Off-line. 

Reconciliação

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A tento aos meus sonhos r einou no c éu meu apelo o sol perfurou as nuvens | I ntensa nesga r adiou por entre gotas i mpávido  s ol. Redeu-se o dia nublado. Envergou em cores toda a sua tristeza. by Lu Ribeiro

"CUCO"

Oco arfando coração  insípido desejo deliberantemente indigente fica esperando  demente mente  emente teu retorno torno no corpo demente coração mente desejo eminente volta teu som  oco

Transgressão

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Transpondo as pontes dos rios em mim Vagando, vagando por entre montes e despenhadeiros por entre fendas e enlevos suspirando de prazer. Transpondo  em mim outro ser dedilhando  os pelos, peles, quereres. Transbordo o leito suspiro ofegante ápice profundo ensejo por fim, amadureci.

Tua língua

Tua língua risca meu corpo fico afoita fico boba rodopio feito pião gata no cio. Tua língua arisca acende meu corpo feito de fósforo ardo... sem medo. Lu Ribeiro * Mais um fruto da oficina de Allan da Rosa

Ménage Atroz

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Hashis paus eretos tensos os dois dentro de mim. By Lu Ribeiro * O título foi surrupiado do poeta Alexsim,( http://toobitornottoobit.blogspot.com.br ),  mas o resto é rescaldo dos exercícios realizados na oficina de Allan da Rosa.

Posição

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Peno entre suas pernas abertas as portas a felicidade aflora sem pudor nem consentimento atento aos percalços fálico ser em movimento.

Lamento

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Meu coração lamenta porque mais uma vez ele acerta Não há opção  para reconciliação. Seu ciúme acusador ainda me causa muita dor. E você sem nenhum pudor espera minha compreensão. Como compreender um enganador? Suas palavras de conquistador sequelador de coração.  Repudio sua apelação opto por dizer  "NÃO"