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Mostrando postagens de 2013

Estrelas decadentes

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Perdendo o tempo olhando os muros os tijolos descascados heras escorregadias. Observo-a   perdida  nas rachaduras nas cruas passagens das horas. Das senhoras dissimuladas das memórias escusas  das anônimas meninas entorpecidas. Perdidas nos muros olhando os tijolos vidas escorregadias solitárias histórias. Instalação de Ed Kienholz e Nancy Reddin Kienholz exposta na National Gallery, em Londres

Olhos teus

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Pedi aos céus que teus olhos fossem meus só por hoje eu queria vislumbrar por tuas retinas o futuro que me prometeu. Se os teus olhos fossem meus curiava-me todos os dias na calada da madrugada denunciaria que sou a menina dos olhos teus. Ai, como eu queria  ver esses olhos teus lagrimejar de saudade dos meus.

Pedido de Natal

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Deixe o orgulho de lado Natal de verdade significa estender  a mão. Não esqueça daquele amigo perdido no vácuo da presunção. Perceba que estar vivo  vai além da mesa farta. Pois que mal há num pedido de perdão. O orgulho,  a insensatez, a soberba combinam contigo não.  Vista a Caridade a Paz no coração.

Verdade

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Trago esse gole amargo Tremendo por dentro. Triste de quem pensa que Tromba d'água não arrebenta Trupe de rei roto. *Poema Dalangola,  estilo experimental, criado por José Cambina Dala. Maiores informações acesse:  http://www.recantodasletras.com.br/visualizar.php?idt=4174681

Carta para Bruna

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Querida Bruna, saudades suas, saudades de nós. O Natal bate à porta e eu não quero deixá-lo entrar. Todas as decorações natalinas que preenchem as ruas e entopem as lojas, invadem os meus olhos, mas esvaziam o meu coração. Afinal, não trago boas lembranças do nosso último Natal.  Lembro-me que você trajava um lindo vestido verde que destacava o âmbar dos seus olhos. Contudo, sua face neutralizava qualquer tentativa minha de perdão. A mensagem pelo celular era incontestável, mas acredite querida foi fruto de um ato impensado. O meu caso com Íris foi uma fraqueza, sei que disse isso milhares de vezes, acredite foi uma das minhas mancadas. Pensei que me perdoaria, pois você me perdoou outras vezes, eu esperava que dessa vez fosse acontecer o mesmo. Ledo engano.  Passei um ano infernal, você não quis me ver. Estou vagando pelas ruas coloridas, onde ressoam cantigas natalinas e estimulam o amolecimento do coração. Eu sou ateu, mas se acreditasse em Deus, rogaria a Ele o seu per

Sem flor, só espinhos

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Ontem fui pelos ares. Pari. Sorrisos escárnios espinhos. Doces karmas Flores e fases Pragas! Abram alas! "Eu quero passar com a minha dor".

Três coisas

Ontem descobri o véu as palavras ficaram brancas tão alvas que perderam a força. Forca pendurei o chapéu o silêncio teve voz feroz como as ondas no quebra-mar. Amar é tudo que eu sei fazer ontem enforquei o orgulho Juro! Perdoei você.

Segunda chance

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a ntes de mais nada e ntrego o meu corpo i nerte e exposto o utro ser me envolve, ú nica forma de te amar de novo.

Rendição

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Entrego-me entre  suas coxas perfeito esteio, meu aconchego. Suas súplicas, seus suspiros, meus dedos. Doces reentrâncias nossos delírios,  seus lábios,  meus segredos. Nossa volúpia,  sua sede  meu leito. inspirado no poema "Prisioneiro entre suas coxas" Lord Thom http://www.recantodasletras.com.br/poesiasdeamor/4082294

Dueto estrelar

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Vislumbrei no céu teu brilho Tão intenso quase solar Perguntei ao deus do Olimpo Se um dia irei te encontrar. Sempre me pergunto Onde eu quero chegar... No céu, é sua estrela que brilha, E é ela quem vai me guiar.  O meu sentimento é secular Perdura como o infinito Como poderia duvidar Lancei aos céus o meu pedido Meu sol brilha em dia quente Tua lua aguarda o fim do dia Sonhando com o eclipse permanente No eterno encontro, de pura magia. Guardei em meus segredos A cigana leu nas entrelinhas Que enfim, nos encontremos Um querer de outras vidas. Tua pergunta foi ouvida  E do Olimpo, o Deus respondeu Na estrada encontrei o seu caminho  E seremos felizes, você e eu. Lu Ribeiro e William Mesquita

Alcateia

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Entrei, vi. Então, conclui: "Em terra de lobos, uns são mais iguais que outros".

Max e Mi: um amor desigual

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Mi entrava sem pedir licença, não se importava com os outros moradores. Todas as tardes,  Max calmamente a aguardava . Mi conversava com o corpo, um  languido sussurrar, sem nexo para os outros, mas para ele era doce poesia. Numa tarde chuvosa,  um entra e sai de gente desconhecida. Max acreditava que daqui a pouco tudo se resolveria, contudo, veio o entardecer e um passeio inesperado. Entrou no carro com sua família, sem tempo de avisar a amiga que morava do outro lado da rua. Max relutou, mas algo estranho acontecia. O carro partiu bem rápido, ruas, prédios, pássaros, um cheiro de marina. Quando percebeu tinha chegado numa casa desconhecida. Percebeu pela euforia dos outros, que aquela seria sua nova moradia. Um vazio o preenchia, latiu baixinho, saudades de Mi. Mi achou esquisito a casa estava vazia. Procurou por Max por toda casa, o chamou, mas ninguém respondia. Foi então que percebeu que o amigo partira, o coração doeu, um mio profundo proferiu. Se pudesse chorar o faria, p

Cruel

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(Imagem do espetáculo Cruel da companhia Deborah Colker) Pensei em te deixar sem pressa ou consentimento desejei te expulsar Sem piedade do meu pensamento lutei para não confessar todas as dores do meu sentimento Preferi  deixar teus pedaços sem consentimento optei por te expulsar Definitivamente do meu pensamento.

Lacuna

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 Nona montagem da Companhia Deborah Colker, "Cruel" Tentei de tudo, tudo foi em vão. Um vazio preencheu o nosso amor.

Furor

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subi beijei desci. sorri pirei gemi. subi suspirei gemi. desejei gozei seduzi. (Brit Bliss)

Renascimento

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Tensão ou martírio asa de albatroz busca de equilíbrio. Irracional delírio meu próprio algoz sem livre arbítrio.  Meu exílio voluntário som sem voz um semideus sombrio. *Medianeiro- poesia experimental criada por Giovana Correia. http://www.recantodasletras.com.br/visualizar.php?idt=4277851

Uno

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você é meu tudo eu sou sua alma simbiose perfeita furor e calma.

Contra-gota

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Pensei...          pedi. Pensei em você...                   ...pulsei. Pensei em mim                     penei. Pensei em nós...                  ...me perdi.

Quase no sétimo andar

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Queixumes  quarto vazio querelas queda livre quietude. (google imagens)

Sem compromisso

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Sem licença   furtei teu céu Atravessei silêncios entrei de sola.

Saudade carmim

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Tatuei seu  toque em cada gota de suor tatuei  na memória  seu toque em minha carne.

Quero

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Quero suas mãos em meus quadris tensão leve perda de equilíbrio dança de perdiz. Quero ritmo quase lento sussuros nos ombros suaves movimentos. Quero você sem medo sem amarras sem reservas Quero você exclusivamente pra mim . Inspirado na canção "Voz no ouvido" interpretado por Pedro Mariano

Aquele que amou o Sol

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Quem amou o Sol renovou todos dias seu querer contemplou o sonho eclipsal  quem desejou o Sol cultivou pequenas porções do abissal carências perpétuas do seu viver quem esperou o Sol buscou raios explícitos do arrebol centelhas fulgazes de prazer quem buscou o Sol transpôs abismos ascendeu ao céu. * Inspirado em "Who loves the Sun" de Lou Reed (Lou Reed * 1942-2013)

Lunática

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Solta na rua lua encarnada louca nua.

Volta

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Vislumbrei o Sol girei a cabeça era você só.

Resposta

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F iquei no primeiro momento assustada O diei cada palavra de falso amor D escobri a verdade atrás do perdão A mor de ilusão - Juro! S e quer saber o que  E u desejo a você é

Tela

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 Body Art by  Kim Joon Desenhei com suor e mel nua face desejo irado cúpula, abajur, penumbra corpos nus lençóis molhados.

Lasciva

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Permito  que me adentre quente,intenso beijo ardente.

Fim do (a)caso

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Para o amigo D. Tu me ignoras Eu te ignoro Nós nos entendemos. Ele sofre Ela se delícia.

Sina

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Sem arranhões Sai desse labirinto Sorrateiramente Segurei as mãos do destino. Saboreei amargos sonhos Subornei a verdade Sorri do desprezo  Segui em frente.

Ser vencido

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Vi os seus olhos derretidos me pedirem perdão.  Senti seus lábios roçarem os meus pés. Tentei ignorá-los,mas ... Simplesmente sucumbi.

Anjo torto

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Pedi ao anjo torto que me desse suas asas. Ele consternadamente disse: "Minhas asas são forjadas de aço e dor. Não elevam ao céu." Num sorriso maroto respondi,  quem disse que eu quero voar? O meu desejo é conhecer o lado gauche do mundo.

à vera

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Joguei a toalha depois que você jogou sujo por fim, perdemos o rumo.

Pensando 3

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Estou farta de papo cabeça, eu quero me fartar de corpo inteiro.

Pensando 2

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Primavera chegou para alguns e  para outros  não,  pois  estes teimam em discutir  pensamentos  outonais.

O presente de Will

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(Figurinhas Bem-me quer- Sarah Kay) O presente roubou meu sono, fui pega no contrapé. Um poema  um lisonjo uma exaltação à mulher. Teu presente meu assombro. Fui fisgada pelo pé: armadilha contraponto, apreciação de voyeur. O meu presente num terceto seja lindo igarapé. Duas ilhas um enredo adução de bem-me-quer.         

Conversa de nós dois

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Os olhos conversavam, mas quem estava ao redor não percebia.  Ela piscava duas vezes "sim", uma "vez" não. Ele coçava a cabeça "talvez" e piscava "não". A conversa animada ao redor e os dois num diálogo feroz. Sem que notassem as mãos cruzaram, os braços se tocaram e assim cada parte do corpo foi comunicando ao mundo.  A mesa ficou muda, os olhos espantados, os dois em silêncio se levantaram, se beijaram e deram adeus aos seus pares.

Olhos de nuvem

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Em meados de outono foi a primeira vez que vi Carolina. O vento frio chicoteava a alma, eu passeava despreocupadamente pela orla, estava distraído com o barulho das ondas. Todos os sábados, saia às seis da manhã, indiferente às intempéries não quebrava a rotina. Dar uma volta pelo bairro era quase uma religião, um ritual de abstração. Na época atuava como fotógrafo. Os primeiros momentos do dia propicia a luz é ideal. Vi ao longe uma figura diferente, parecia uma estátua, estava sentada de costas para o mar, com os pés fincados na areia, o rosto estava coberto por longos cabelos de fogo, aproveitei a câmera e tirei a primeira foto. À medida que avançava em sua direção eu a fotografava. Fiquei menos de um metro de distância, O vento atiçava os cabelos rubros, mas ela não mexia nenhum músculo. Fiquei hipnotizado, não sei por quanto tempo, de repente, ela virou a cabeça em minha direção. Como as espumas eram chupadas pela areia aquele olhar me tragou. Olhos de nuvem me surpreend

Obstáculos

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 Eles apareceram em meu caminho. examinei-os  com cuidado e respeito, mas percebi que nada é intransponível. Então  tirei os sapatos  afiei as garras pulei os espinhos. Não sai ilesa  não fui perfeita só continuei seguindo.

Malogro

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Em único momento de lucidez pegou os trapos, os livros favoritos e algum dinheiro. C arregou no peito todo o remorso encharcado de whisky,  gritos,  socos e pontapés. Foi-se sem dizer adeus, nenhuma palavra de consolo. O silêncio preencheu  o discurso eloquente de despedida.  O sorriso no canto da boca, os olhos áridos, pés calcados no inferno foram as únicas lembranças deixadas. Cada movimento em direção do futuro se desmanchava a  carcaça que sua alma velha sustentava. 

Mulher

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Sem medo de ser quem eu sou. Encaro a vida meu caro. Não peço licença não dou indulgência sou dona do meu espaço. *Parabéns para nós. Mulheres. Pela 1ª vez no Brasil, Marcha Mundial das Mulheres . Encontro Internacional reunirá 1,6 mil mulheres de 45 países no Memorial da América Latina, em São Paulo

Vivendo

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Parou para admirar o céu. Sentiu a brisa. Molhou os pés. Lançou-se ao léu. Enfim, conduziu sua vida. *Inspirado em Perto do Coração Selvagem, Clarice Lispector "...tu és um corpo vivendo, eu sou um corpo vivendo, nada mais. (...) cada um com um corpo, empurrando-o para frente, querendo sofregamente vivê-lo."

In verso dígito

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Reverso, o lado oposto ao lado principal ao verso a face oposta ao avesso àquele que primeiro se observa ao oposto ao que antes se mencionou ao reverso da medalha ao verso que antes se observou. ao desejo que nunca se concretizou. *Inspirado no poema Dactilografia de Álvaro de Campos (Heterônimo de Fernando Pessoa)  in Poemas " "Temos todos duas vidas:  A verdadeira, que é a que sonhamos na infância,  E que continuamos sonhando, adultos, num substrato de névoa;  A falsa, que é a que vivemos em convivência com outros,  Que é a prática, a útil,  Aquela em que acabam por nos meter num caixão.  "  

Bem vindo, Amigo.

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Antes que o dia termine vou buscar na vida  todas as fontes  de felicidade Abrirei o coração que estava cheio  de saudade Apanharei com as mãos gotas livres  de bondade Antes que o dia acabe deixarei entreaberta todas as nascentes de amizade. * Inspirado no Soneto do Amigo de  Vinícius de Moraes. "  O amigo: um ser que a vida não explica Que só se vai ao ver outro nascer E o espelho de minha alma multiplica..."

Floreio

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(Foto de Endrigo Demetrio) Sem perceber percorri você, com  cuidado suguei seu néctar descobri seus segredos Deliciei-me   com o mais profundo do seu ser.

Sem apelos

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Suturei cada mentira, raspei da pele suas digitais cirurgicamente abri o coração pulsava fraco demais, não implore perdão fui cortada demais.

Curiosa

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Espiei pelo cantinho do olho Psiu! Ele me viu.

À flor da pele

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Doces digitais meu toque  frêmita língua indeléveis ais.

No Varal

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Pus no varal as minhas ideias para secar percebi que algumas ficaram alvas outras manchadas em algum lugar. Coloquei também a temperança para clarear as tristezas estavam encharcadas precisei torcê-las com cuidado eram teimosia  demais cheias de carrapichos cheias de caprichos cheias demais. Tentei enxaguar os desamores tão amarelados coitados optei por deixá-los de molho. Esfreguei a falsidade com todo meu esforço saiu bem devagar  cada nódoa que soltava eu danava a cantar. Depois de  tanto trabalho quarei as roupas no tacho as rusgas antigas ficaram por lá. Hoje pus no varal todos os  segredos os medos, os desejos, os sonhos,... Outro dia passo lá para buscar Hoje quero ficar nua brincar na chuva rir de me acabar.