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Mostrando postagens de abril, 2013

Olhares

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O que eu vejo, eu vejo, são flores de pedrais são libélulas de madrigais são abelhinhas de sais. O que eu vejo, eu vejo, formiguinhas abissais joaninhas colossais cochonilhas infernais. O que eu vejo, eu vejo, roupas velhas nos varais galinhas nos quintais casas de taipas  e nada mais . Lu Ribeiro Poema inspirado no artigo de Hilton Franco "Maranhenses ainda continuam morando em casa de taipa". http://hiltonfranco.com.br/maranhenses-ainda-continuam-morando-em-casas-de-taipa/

Angelus

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Dorme, dorme,  dorme pequeno anjo dorme. Desejo lhe um sonho lindo. Imóveis braços braços magros,  braços vagos braços chorosos braços infantis. Dorme, dorme,  dorme pequeno angelus dorme. Semblante ecúleo tímido. Finalmente repousa calmamente no leito. No peito não pulsa um imo parco   jaz um coração de herói.  Dorme, dorme,  dorme pequeno anjo dorme. Enquanto eu cá,  sonharei contigo. Dartagnan  dorme agora. Agora querubim, agora brinca, agora   canta, agora feliz.

Cornucópia

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Foto de Cartier Bresson Espiral repleta de infantil gente. Semblantes fixos cristalino nítido delirantemente. Vertigem óptica convergidas mentes. Faces curisosas expostas as lentes atentas de Bresson.

Cismo

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cruzando os espaços busco refúgio a cada mergulho no mar da vida. (Torquato Neto-Arquivo Google) cruzando os espaços solitário coração à deriva vagueio sem destino. cruzando os espaços náufrago bússola sem norte. cruzando os espaços parcos passos rumo a morte. Minha homenagem ao inigualável Torquato Neto,  "Escute, meu chapa: um poeta não se faz com versos. É o risco, é estar sempre a perigo sem medo, é inventar o perigo e estar sempre recriando dificuldades pelo menos maiores, é destruir a linguagem e explodir com ela (…). Quem não se arrisca não pode berrar."

Corações à deriva

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(Acervo pessoal- by Lu Ribeiro) Amor  de marujo sem porto seguro. Desamor profundo busco  refúgio no  mar. Coração à deriva   cada  batida  naufragar.

Borderline

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[(Cena do filme "O substituto" (Detachment-2011)] Solidão na vida procuro  abrigo  na  avenida.

Loba

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Acordei com o seu uivo seu lamento seu tormento. Apreciei da janela a lua sua companheira sua musa. Senti a brisa morna da noite seu hálito quente meu açoite. Senti saudades do seu corpo meu abrigo. Contemplei a estrela  sua dama fria fulgor minh' alma perdida. " Um uivo, um grito, metade de horror, metade de triunfo, como somente poderia ter saído do inferno, da garganta dos condenados, em sua agonia, e dos demônios exultantes com sua condenação." Edgar Allan Poe

Palavras manhosas

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Quero escrever mas as ideias são sonsas, ignoram o meu bem querer. As palavras fazem manha dengosas como as meninas pela manhã vagarosamente despertam relutam em aparecer. Quero escrever porém os assuntos são vastos não deparam por acaso  nas letras para tecer. Ai! Essas palavrinhas dengosas são muito fogosas não consigo conter. Pobre escrita de hoje tão efêmera de espírito não deixa um só suspiro hoje não quer aparecer.

1° de Abril

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perdidos nas sombras esgueiram as mentiras para fustigar a verdade todo dia 1° de Abril  os tolos ganham vida.