Ana respirou profundamente, só depois se precipitou no mar. Era a primeira vez iria enfrentar as ondas sem ele. O seu coração ficou comprimido, não por medo, mas pela saudade. O impacto com a água foi suave. Deu algumas braçadas e aguardou com paciência a primeira onda. O sol gigante já se despedia e o dourado tingia as águas cristalinas e ao longe ela percebeu que a sua onda surgiria. Então, foi em sua direção com toda disposição e ganhou a onda. Ana ziguezagueava, perfurava, girava nas águas com muita harmonia, era como se brincasse com as ondinas. Que pena que durou pouco, mas a satisfação era incontida. Depois da primeira brincou em outras ondas em seguida. Ficou por algum tempo, a lua grande no céu fez lhe um pouco de companhia. Assim que chegou a praia notou que não estava sozinha, pois quem de longe observava, a garota dourada brincando nas águas, foi ao seu encontro. Pedro abraçou-lhe com ternura, cobrindo-lhe o corpo com tolha e em seguida beijou-lhe com toda urgênc