Mi entrava sem pedir licença, não se importava com os outros moradores. Todas as tardes, Max calmamente a aguardava . Mi conversava com o corpo, um languido sussurrar, sem nexo para os outros, mas para ele era doce poesia. Numa tarde chuvosa, um entra e sai de gente desconhecida. Max acreditava que daqui a pouco tudo se resolveria, contudo, veio o entardecer e um passeio inesperado. Entrou no carro com sua família, sem tempo de avisar a amiga que morava do outro lado da rua. Max relutou, mas algo estranho acontecia. O carro partiu bem rápido, ruas, prédios, pássaros, um cheiro de marina. Quando percebeu tinha chegado numa casa desconhecida. Percebeu pela euforia dos outros, que aquela seria sua nova moradia. Um vazio o preenchia, latiu baixinho, saudades de Mi. Mi achou esquisito a casa estava vazia. Procurou por Max por toda casa, o chamou, mas ninguém respondia. Foi então que percebeu que o amigo partira, o coração doeu, um mio profundo proferiu. Se pudesse chorar o faria, p