(água - arquivo pessoal) revesti-me de paz ela veio preencher meu interior porque a guerra do dia a dia suga-me as energias. Peço paz Peço amor Peço compreensão Peço reflexão aos homens e mulheres que vivem nesta nave chamada da planeta Terra.
o rio que me lavou soprou-me segredos guardei-os no peito. o rio que me lavou confidenciou-me mistérios, mesclaram-se receios secretos desejos que desaguaram em mim.
espichei as pernas toquei no horizonte morno e exigente, seduziu -me. e sem perceber voltei a procurá-lo retomando a sina (por do sol da Ribeira/2015- arquivo pessoal) de desejar o impossível.
Em tempos de crise ponho o coração no freezer. A cabeça no ventilador para esquecer a dor. A solidão foi para debaixo do colchão O corpo fugiu pro espaço um dia acho. Por capricho, botei os inimigos no lixo só por diversão fugi da paixão Hoje eu não quero, não.
é esse vazio que no peito trago carrega o desprezo com tanto zelo acredito que é amor. vazio feito de tardes roubadas ruas erradas desvios e contramão recheado de confissões pequenas e grandes lições espelho sem distorção. amor repleto de nada sem juras sem promessas sem hora marcada sem razão ligado apenas pela emoção. esse vazio sem consentimento invadiu o peito e a fórceps furtou o coração.
por do sol sem filtro água filtrada terra adubada galinha de quintal germinando amigos sonhos, sorrisos construindo ninhos desfazendo armadilhas liberando energias vivendo ao natural. (arquivo pessoal - A flor)
Quase escapei... Cai na arapuca um pé ficou na lua a cabeça na rua mas o coração refém. sem condição de soltura a liberdade é desventura o amor é loucura escravo de um certo alguém.
aquilo que pensei que fosse amor durou muito pouco. perdeu-se na falta de encontros, no atravessar das ruas na imensidão dos sonhos. dediquei as melhores horas perfumes, sorrisos noites à fio. hoje sobra um pouco, uma nota um piscar de olho, um sentimento tolo, uma leve penumbra dum amor feito de abandonos.