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Mostrando postagens de dezembro, 2012

Síndrome

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(Arquivo pessoal) Trago na boca uma falha no dente uma língua dormente um palato vazio. Trago nos olhos um passeio na praia uma promessa vendida uma alma vazia. Trago nos ouvidos um zumbindo do destino um choro longínquo  um eco vazio. Trago no pescoço um movimento concedido uma obediência desmedida uma cabeça vazia. Trago no peito um copo de cólera um prato frio um cofre vazio. Trago nos braços um amor perdido um tremor dos vícios uma saudade morta. Lu Ribeiro

Nós

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(Imagem do Google. fonte:http://3.bp.blogspot.com) entre nós fronteiras  entre nós esperas, entre nós pernas,  entre nós. entre fronte frente febre olhares. Lu Ribeiro

Fases

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(imagem do Google) Flutua meu reflexo trêmulo água turva rota perdida meu guia cego face oculta. Itinerário de lembranças derrota tempo vinte e oito dias revolução dividida translação vívida roteiro desesperanças. Lu Ribeiro

Rose e Vítor

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Praça do Centro São Paulo ( imagem disponível  http://www.fotografia-dg.com/turismetro-em-sao-paulo/) Rose é gostosa Dona de si Pode construir castelos antes de dormir. Vítor é martelo Dono de Birigui  Pode destruir castelos depois de fugir. Rose é dengosa Pinça de lábio Fisga com a prosa. Vítor é machado Verso acanhado Velho mandril.  Rose  é famosa em Birigui Moça estrosa boa pra dormir. Vítor é palhoça de Birigui Homem vira-mundo não serve pra fugir. Rose é derrota veio de Birigui Mora com Vítor no velho jardim. Lu Ribeiro

(Ena)Morada

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(Foto Ponta de Areia Itaparica/2008/arquivo pessoal)    Do nosso lar beijamos o mar a nossa casa é construída nas ruínas do velho solar. Olhamos por nossa janela vislumbramos o nosso destino vão porque não plantamos sonhos não buscamos o perdão. Somos livres para seguir do Comércio ao 2 de Julho  de Itapuã à ladeira da preguiça da Ribeira ao Carmo  do Contorno ao Passo realizamos um novo traçado. Por causa da nossa casa forramos de espinhos as avenidas pintamos com olhares cifrados as esquinas selamos juras descabidas sinalizamos para eles despedidas cruzamos os espaços descalços mero resquícios de nossas vidas. Lu Ribeiro

Diálogo

O Olho frio mente Mesmo não estando de frente A nuca baixa sente O que o olho diz. A boca muda desenha Mesmo não estando de frente O peito quieto desdenha O que a boca diz. A mão pura dança Mesmo não estando de frente A bunda crente manda O que a mão diz. A perna nua chama Mesmo não estando de frente O falo quente clama O que a perna diz. O corpo inteiro mostra Mesmo não estando de frente O langor perene O que o corpo inteiro diz. Lu Ribeiro

MALANDRAGEM

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Of course, meu chapa tudo é permitido. Offshore, o ilegal é paraíso. Offline todos burlam o fisco. Lu Ribeiro

re-trato

Encontrei li reli, li,  ri, li ri, li, li, li, lixo.

Pária

Trago no ventre a palavra parida partida de sangue veia alta alucinante. Partida pa-la-vra parto de casa parte do abuso parto dos usos parte dos uivos do estupro de cada dia. Lu Ribeiro

Jogada

o lance é jogar tudo pro alto, é cuspir no prato que come, é botafogo é perder tudo pra ganhar você. Lu Ribeiro

Antes que o mundo acabe

Antes que tudo morra renasço mais velha por conta da vida calo na boca. Antes que tudo acabe volto mais perdida alta voltagem lua má. Antes de mais nada descubro tudo rio pro vazio surto justo. Depois de tudo roubo teu berço te abraço pulo.