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Mostrando postagens de setembro, 2016

Perdida

Não sei o que pensar Não sei o nome daquela rua Não sei onde aquela estrada vai dar Não sei se vai encontrar a casa Não sei se o acaso vai me abençoar Não sei se voltarei a amar.

Palavrão

observo as palavras expostas no papel pichadas nas fachadas leio cada símbolo refaço as palavras toscas ou duras impróprias ou delicadas que podem ter novos contornos quando são bem aplicadas nada de erro imprecisões da fala palavra tem força palavreie  não se cale. 

poeta

Realizo-me nas sobras imperfeitas do que sou presto-me ao prazer das pequenas subjetividades na verdade sou desleal ao amor e uma viciada em dor mas não perco-me com desamor qualquer alimento-me: da cólera, da infidelidade, da indiferença, da vívida chaga. Quanto mais aproximo-me dos desafortunados reverbero e rasgo toda pungência e assumo num ato. sou poeta.

Aos Alunos do Foco em Ação

Os olhos guardam o viço dos poucos anos, os sorrisos escondem as ansiedades, nas palavras traçam lindos sonhos constroem tudo. E, em dois dias num pedaço de papel futuro é testado. São guerreiros meninos de um único brado, bravos em suas ambições, meninos em suas emoções. Em dois dias, apenas dois é refeita a vida transformada em fibra de meus meninos heróis.

Cidade de papelão

Cidade de papel Casas de papelão Ruas em cascatas Lixos em profusão Cidade alagada Causa alertada Tragédia continuada Não há solução

redenção

Em poucas horas  chego ao fim da página da jornada quase sem fôlego quase sem nada quase sem alma regresso da dor das sutilezas  dos sonhos dos desencontros   e, no último suspiro, trago a esperança.

Extremista

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Vivo nos extremos o equilíbrio me causa estranheza vago entre a aridez dos sentimentos e a embriaguez da paixão os pensamentos ficam tontos quando manda o coração. Mas a racionalidade invade jogando-me ao chão e   transformados cacos extingue-se a paixão. Surge a celebre criatura que tudo busca explicação e assim como um reacionário não aceita opinião. O amor  feito João-bobo oscila entre essas criaturas regenera-se aos poucos e sem fazer alarde busca nova aventura. Adicionar legenda

Poente

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a tarde preguiçosa    se estende  pela colina mostrando uma triste alegria. olhos buscam o céu a lua  aparece tímida. à tarde,  se aproximam as mãos, mas o beijo não acontece. à tarde o sorriso desfaz o desejo as palavras fogem. é tarde o  amor morre um pouco a cada dia.

Contradições

Não há o que dizer enquanto você corre para pensar eu espero te esquecer.