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Mostrando postagens de outubro, 2015

Amor Antigo

hoje um amor antigo apareceu chegou com pequeno aviso abalo imperceptível mas de algum jeito ele percebeu.

Nota de Falecimento

o nosso amor não morreu ontem foi desfalecendo a cada traição hoje meu bem, nem choro, vela ou caixão o nosso amor virou desilusão.

olhos siameses

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desnuda-me quando sorri olhos siameses escondem tudo que quero ouvir essas mãos que não me tocam cala-me a boca eu, tola, imagino que me deseja mesmo assim.

A solidão

A solidão acompanhada costume invadir-me a alma em momentos de pura felicidade. Desejei tanto estar enganada. Mas que nada! A solidão estava decidida em minha vida morar.

Imperfeita

refeita em lágrimas espera por mais lições em pauta preces generosas perdas demais.

Acho que te amo

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quando não ouso encarar o teu olhar quando não falo coisas pra te agradar (Miyasaki- Vidas ao vento) quando não te abraço pois o desejo é beijar.

Embriagada

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o copo vazio o corpo cheio (Mulher esperando no bar-  Damian Klaczkiewicz) sede de amor :
o corpo extenuado expõe as perdas ausente de sentimento vaga pelas ruas a cada esquina uma nova redenção alguns trocados amargos barganhados por pão. vendendo o corpo

Esquecida

Perdida num labirinto de palavras buscou em vão encontrar a primeira a que foi sussurrada pelo vento a que foi escondida pela memória.

Morte e Vida da palavra

Matar o poema, matar a palavra  é encarcerá-la num gaveta, numa página. É perde-la na fonte da memória que a consciência apaga.  Morrer e viver é uma constante dentro do ventre chamado paixão. Que surge pelo desejo de ler, compartilhar, amar Por mais célebre que seja o texto,  ele perece no instante que termina de ser lido,  e renasce acada momento que relido, declamado ousadamente estampado é como ideia na bolsa de uma menina como tatuagem exposta na pele fina como miragem que explode  na leitura do corpo.

O carteiro

fiz questão de entregar a carta. Não imaginava o conteúdo, mas aquela letra redonda e firme definiam seu íntimo. Depois de muitos anos trabalhando como carteiro instintivamente ousava definir quem era o remetente de cada missiva. porém aquela correspondência lhe cativara o coração, porque exalava uma suave fragrância que tocara a sua alma. Que maluquice! Falou consigo. Estava com indícios de ciúmes do destinatário. Andou por algum tempo até encontrar uma casa escondida entre as árvores. Chamou pelo nome Sr. Pablo! Sr. Pablo! Minutos depois apareceu um homem de idade avançada e ar plácido. Não conhecia o cidadão, porém todos do vilarejo comentavam sobre o famoso poeta que vivia recluso por aquelas paragens todos os verões. Foi naquele dia que decidi que queria ser poeta.

Nem te conto

Nem te conto, tentei escrever o dia inteiro. Nada ficou direito: a frase parou no meio o parágrafo ficou imperfeito outro dia eu conto.

Meu anjo guardião

Meu anjo guardador, hoje foi um dia de festa. Fui logo cedo à igreja, minha mãe sustentava-me a cabeça a cada cochilo que eu dava. O padre fez homilia mais alongada. Depois da missa cumprida, voltamos à casa. Meu vô me deu uma bola nova, minha tia uma camisa irada, meu tio me deu algum dinheiro e minha vó fez moqueca e minha mãe deu-me um abraço bem forte e disse-me que minha vida estava abençoada. Depois de tudo isso eu não devo pedir nada, mas pra ser bem sincero a coisa que eu mais quero é que meu pai volte pra casa. Obrigado meu anjo guardião cuide de mim e de todos lá de casa.

éramos nós

Antes de nascer a flor o amor a dor éramos inocentes sorríamos simplesmente brincávamos alegremente éramos pequenos crentes Depois crescemos viramos gente com tempo perdemos nosso referente Hoje ... somos maduros procuramos um porto seguro queremos ser meninos novamente.

Desejar profundo III

procuro um sentimento que preencha a alma cansada que supere os ressentimentos que aqueça as madrugadas persigo algo que transcenda o corpo o gozo a vontade de estar apaixonada

Pedi aos meus alunos ...

Pedi aos meus alunos que fizessem uma redação, não delimitei o assunto, mas sugeri que utilizasse o coração para expressar o que estavam sentindo.  Muitos falaram sobre o medo de conviver num bairro perigoso, outros falaram sobre a situação familiar e outras preocupações de cunho econômico.  A medida que lia conseguia vislumbrar a justificativa de muitos comportamentos em sala de aula, por exemplo, consegui entender porque uma determinada aluna faltava tanto. A justificativa era simples, ela compartilhava o sapato com outras duas irmãs, logo quando uma ia a escola as outras duas ficavam em casa, pois não podiam comparecer sem o uniforme completo ( aqui em Salvador utilizamos o termo "fardamento"). Outro caso que me tocou foi de um menino que durante as aulas sempre dizia que queria ser presidente, não tinha outra profissão para ele, a questão era ser presidente do país e ponto final. Lendo a sua redação percebi que ele vivia em quase abandono emocional. A mãe separo

Para quem me lê

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Boa noite/ Bom dia, Vejo que há pessoas que acompanham os meus escritos, muitas vezes são surtos imaginativos, outras palavras um tanto desconexas. Lançar palavras na Web, tem a mesma ideia das palavras lançadas ao vento, parece não ter sentido, parece que vivemos só. Hoje estou especialmente, comovida, sensível, ... ler as notícias é um verdadeiro tormento, violência para todos os lados, violência de todos os "desgostos"... dentre tantas quero falar de uma que me atinge no âmago. É a violência contra à mulher, hoje mata-se mulheres como se matasse baratas. Os motivos são os mais torpes, mais estúpidos, mais covardes,... A lei Maria da Penha é uma pontinha de vitória contra a impunidade, mas há muito a ser feito. Gente vamos denunciar nossa omissão permite que muitas Anas, Marias, Elizangelas, Fátimas,... sejam brutalmente violentadas e mortas. Hoje, estou triste porque os índices não param de aumentar e nada acontece! Lu Ribeiro Elza Soares interpreta Maria da Vila Ma
Tinha quase quinze e acreditava ser muito madura para sua idade. Não achava graça dos meninos que estudava com ela e muito menos se interessava pelos garotos de seu bairro. Sonhava com os protagonistas dos romances, suspirava por eles. Por hábito lia nas aulas de exatas, até que um dia foi pega em flagrante pelo professor de desenho geométrico, conclusão foi expulsa de sala e encaminhada para sala da coordenação. Enquanto esperava a punição chorava disfarçadamente, pois era uma aluna exemplar. Os pensamentos de Emma foram interrompidos pela risada de alguém que em seguida disse: Há uma primeira vez para tudo, pare de chorar boba. Emma arregalou os olhos e percebeu que ao seu lado estava Miguel. Ele era o garoto mais chato que conhecera. Estudavam juntos desde a quarta série e durante esse tempo ele implicava com ela. Chamava-a de cabelo de espana lua, cara de lua, boneca de cera,... Ah! Como odiava ele! E assim com. tudo isso na cabeça virou pra ele e disse: vá para o inferno!