Lembranças de Adélia



Lembranças de Adélia 
(reeditado)

Em maio
 o coração 
desamparado.

As pernas,
seivas, músculos
se rebelaram.

No topo ornado
de papel e cetim,
há um suspiro
de vertigem e de gozo.

A poeira das rosas
o puro despojo
duma flor de zinco.

Um ar tipo Santa  
sob os pés nus
o abismo.

A voz 
abrasada, cogita:
Sou eu?

Eu e o nada
objeto lírico
refeito num adeus
repouso no infinito.



Lu Ribeiro

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