Fotos da memória




Vejo nossas fotos de antes, do tempo que ficou perdido, lá bem longe do coração de hoje.
Vejo as nossas faces preenchidas por enormes sorrisos de felicidade, por olhos de infinito e por mãos atadas como visgo.
Nesta viagem rumo ao passado finito, lembro dos sonhos traçados nos astros e dos beijos jurados no abismo. O mundo que tentava em nos separar era pequeno diante aos nossos desejos pueris, porque em nossa cabana suspensa no mar, vivíamos dias afins.
A memória não tarda em falhar, porque muitas palavras juradas ficaram suspensas em algum lugar, e hoje não consigo fisgar nem um ínfimo fragmento,  para todo o meu tormento, ficou perdido no labirinto do meu desatino.
Hoje vejo nossas marcas senis, pele enrugada pela vida, pela saudade adormecida perdidas nas fotografias dos nosso dias juvenis.

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