Nos braços de Kali

Garçom!
um copo de cicuta com gelo.
(Deusa Indiana)
Quero lançar-me ao léu
dançar no olho do furação
quero matar a minha sede
de vingança
de esperança
de amor.

Garçom, por favor!
quero um trago de Pôlonio
afinal meu coração não tem mais dono
e deseja se afogar neste mar de gim.

Garçom, não esqueça,
traga aquela cerveja
bem gelada
a melhor da casa
pra brindar a minha morte
no exato momento que partir.

Garçom, traga uma caneta
pra escrever sobre a mesa:
Aqui jaz a mulher sem medo
lançou-se aos braços de Kali.


Lu Ribeiro



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