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Mostrando postagens de 2016

Perdida

Não sei o que pensar Não sei o nome daquela rua Não sei onde aquela estrada vai dar Não sei se vai encontrar a casa Não sei se o acaso vai me abençoar Não sei se voltarei a amar.

Palavrão

observo as palavras expostas no papel pichadas nas fachadas leio cada símbolo refaço as palavras toscas ou duras impróprias ou delicadas que podem ter novos contornos quando são bem aplicadas nada de erro imprecisões da fala palavra tem força palavreie  não se cale. 

poeta

Realizo-me nas sobras imperfeitas do que sou presto-me ao prazer das pequenas subjetividades na verdade sou desleal ao amor e uma viciada em dor mas não perco-me com desamor qualquer alimento-me: da cólera, da infidelidade, da indiferença, da vívida chaga. Quanto mais aproximo-me dos desafortunados reverbero e rasgo toda pungência e assumo num ato. sou poeta.

Aos Alunos do Foco em Ação

Os olhos guardam o viço dos poucos anos, os sorrisos escondem as ansiedades, nas palavras traçam lindos sonhos constroem tudo. E, em dois dias num pedaço de papel futuro é testado. São guerreiros meninos de um único brado, bravos em suas ambições, meninos em suas emoções. Em dois dias, apenas dois é refeita a vida transformada em fibra de meus meninos heróis.

Cidade de papelão

Cidade de papel Casas de papelão Ruas em cascatas Lixos em profusão Cidade alagada Causa alertada Tragédia continuada Não há solução

redenção

Em poucas horas  chego ao fim da página da jornada quase sem fôlego quase sem nada quase sem alma regresso da dor das sutilezas  dos sonhos dos desencontros   e, no último suspiro, trago a esperança.

Extremista

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Vivo nos extremos o equilíbrio me causa estranheza vago entre a aridez dos sentimentos e a embriaguez da paixão os pensamentos ficam tontos quando manda o coração. Mas a racionalidade invade jogando-me ao chão e   transformados cacos extingue-se a paixão. Surge a celebre criatura que tudo busca explicação e assim como um reacionário não aceita opinião. O amor  feito João-bobo oscila entre essas criaturas regenera-se aos poucos e sem fazer alarde busca nova aventura. Adicionar legenda

Poente

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a tarde preguiçosa    se estende  pela colina mostrando uma triste alegria. olhos buscam o céu a lua  aparece tímida. à tarde,  se aproximam as mãos, mas o beijo não acontece. à tarde o sorriso desfaz o desejo as palavras fogem. é tarde o  amor morre um pouco a cada dia.

Contradições

Não há o que dizer enquanto você corre para pensar eu espero te esquecer.

Frio

Coloquei no freezer o coração partido na esperança de conservá-lo um pouquinho infelizmente por lá ficou esquecido. O isolamento se deu por horas  e virou dias a fio. E... talvez na primavera  ... ele saia do castigo.

O amor

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O amor é  éter imaterial de dores reais permeia o espaço se propaga no silêncio nas ondas  no olhar nas palavras na quinta essência não exige experiência O teu amor é volátil demais.

ressentida

contraiu o músculo a alma fugiu pela diagonal o amor não atinge mas finge  mente pra si algo muito banal.

feito gata

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ainda sinto arrepios língua sedenta percorrendo dos pés ao ventre entre coxas risos ainda sonolenta sinto a sua presença feito gata no cio.

Ladrões

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hoje você roubou meu tino eu  te  roubei  um beijo. mas ladrão que rouba ladrão vive  uma  louca  paixão.

Busca

permito-me ser frágil não é tão fácil ser assim. afinal busco um espaço para fugir de mim.

Tempos Olímpicos

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Em tempos olímpicos prefiro ficar parada sem esperar nada mudando de assunto de vida de rumo nos tempos dos virtuoses não há tempo para os que estão nas margens. 

Anotações perdidas

          na madrugada fria tendo a chuva por companhia             escrevo para alguém           traço palavras tercetos que ninguém nota               anotações perdidas           amalgamadas quase sentidas                          perco-me no enlevo das horas.

Stand by

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...não  prometa nada.                     Viver em stand by                                  é eternizar a expectativa                        daquilo que não pode acontecer...              

Lúcida

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Perdi o labor com as palavras hoje luto contra elas em prol da minha sanidade.
_______________________________________________ _______________________________________________ _______________________________________________ ______________ " Você me faz acreditar que há amor sem interesse,  há um bem querer por simples querer,  há um carinho disposto a ser somente Ele." ____________________________________________ _____________________________ Lu Ribeiro ________________ _____________________________ ________________ ________________________  

dividida

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ao meio dia flores ao meio coração pensamento meio sem graça sem palavra sem meio nem fim dividida ao meio enfim. (Final do dia- Itaparica- BA)

Olhos verdes

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verde sonhos dos seus olhos de dias límpidos de segundos tempestuosos verdes olhos minhas noites insones minha fala in code desassossego meu

Louca

se nem sossegar o desejo eu posso, imagina sepultá-lo dentro de mim finjo que não sinto algo quase psicológico fujo dele tão intenso assim mas já que o capricho do destino é imperioso finjo que surto e nele procuro o meu fim um desejo mútuo disfarçado de ódio sei que amo mas nunca digo, Sim.

Esperançosa

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Ela desejou o impossível: o amor.

emprego da palavra

prego a fala amiga emprego palavras de todos os dias empresto um pouco de mim perco o egoísmo sou múltipla para alguns velha amiga para outros  lavras lúdicas. na boca do meu declamador sou ouro, mesmo que por vezes de tolo de outros sou mera epifania catarse de um louco palavradas de um ébrio bobagens de um tolo. sou partícipe da prosa empregada com bossa renovo-me na palhoça nos versos rasgados do violeiro nas rimas de protestos dos funkeiros. sou velha como o tempo mergulho num futuro incerto emprego não falta o que falta é fazê-lo um pouco de empenho e voilá! sou refeita em versos emprego em mim o mundo sou síntese do universo. .

Em fuga

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De repente o antigo amor apareceu, a porta estava entreaberta sem pedir licença invadiu o espaço quarto e sala apertado repleto de livros usados. romance inacabado, bilhetes escondidos porta retratos vazios lembranças codificadas. o amor entrou com tanta força que golpeou-me por completo. surtei, chorei e fugi sai de fininho, o amor ficou lá, eu aqui escondido.

Ontem

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Hoje insiste em desviar o olhar antes buscava-o sem cessar hoje falamos sobre tudo antes falávamos sobre nós hoje não sonhamos junto antes vivíamos a sonhar hoje distantes, ocupados e irônicos antes nem cogitávamos em nos separar.

Lembranças de Adélia

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Lembranças de Adélia  (reeditado) Em maio  o coração  desamparado. As pernas, seivas, músculos se rebelaram. No topo ornado de papel e cetim , há um suspiro de vertigem e de gozo. A poeira das rosas o puro  despojo duma flor de zinco. Um ar  tipo Santa   sob os pés nus o abismo. A voz  abrasada, cogita: Sou eu? Eu e o nada objeto  lírico refeito num adeus repouso no infinito. Lu Ribeiro

A inspiração

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(Arquivo pessoal_ Sobrevoando_ES) A inspiração  jaz deformada em minha porção poeta nela as palavras foram sorvidas pela alma insípida  entrecortada por alguns efêmeros momentos de felicidade clandestina .

O zodíaco disse...

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Hoje o zodíaco me preveniu... "Neste período, que vai de (Hoje) até amanhã de um novo dia, a passagem da Lua pelo setor das crises pessoais não será indiferente, pois haverá o transbordamento das emoções escondidas, aquelas que camuflou por sobrevivência.  O Sol em trânsito intenso pela Casa 5 entra em conflito com a Lua, acarretando na colisão entre as coisas sublimadas e  as pendências "inflamadas" . A dona Lua neste momento pede que  não faça de conta que não existem coisas que  incomodam e se faz necessário a dê atenção a estes pontos.  O Sol na Casa 5 lhe ajuda a ver as coisas com maior clareza, ou pelo menos com melhor humor. A reflexão para o período é: do que eu preciso me libertar?" Respondo : Não sei.

De volta ao Parque da Cidade.

as vejo seguem seguras pessoas de todas as tribos, cordatas formam a fila seguem sorrisos o sol crescente múltiplas paradas barracas de comidas roupas iradas livres de estilos expõem suas obras raras. Mas há de se pensar no som primeiro motivo, seguem os passos procuram espaços espremidos à sombra exibidos ao sol torrados ao som vibram todos desde o início e o Parque da Cidade Palco do bom espetáculo gratuito abraça todos os ritmos.  

PG & ELA

ELA: "Uma viajem         Não importa,    hora nem lugar   Passageiros sem bagagem   Iremos sem saber em que curva      Vamos reencontrar   A nossa face  crua        Insípida máscara  da candura     Conformidade  se cu lar." PG (meditando) deixou-a desaguar. ELA (continuou) "Me provocas?!     respondo assim: Conversa fiada    Fingida em poesia Versos precários    Motivado pelo ato  Irresistível fala nossa desconverso assim..." PG: Palavras em cascatas         Jorrando... Alimentando Queimando como poço precioso Caro combustível Que jorra de um tempo Inesquecível! PG&EU

diz a lenda ...

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Pus num abraço a carência a vivência toda sabedoria entre as linhas dos meus olhos nesgas dos sorrisos cicatrizes do destino beijos sepultados soluços disfarçados noites insones a fio.

Algoz

A questão não está na falta de palavras mas na escassez de assuntos torturas brancas mantém refém um coração " parti-moribundo ".

Retorno

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pouso do coração no aeroporto o conforto da alma. pelas ruas modificadas permanecem resquícios da imaginação a saudade encontrada em cada esquina vejo a vida em reconstrução.

Pensando no poema de Chopin Bukowski

Se eu tivesse uma centelha da genialidade poética de Bukowisky eu poderia ter escrito isto: "...as pessoas precisam de mim. eu as completo. se não podem me ver por um tempo ficam desesperadas, ficam doentes. mas se as vejo muito seguido eu fico doente. é difícil alimentar sem ser alimentado...." Simplesmente  estas palavras falam por mim. Calam me a alma e matam a viciante sede de embriagar me de poesia.

Ponto final

sem revolta sem perda sem volta.

Existência

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Há de ter um distanciamento Há de ter prudência Há de ser condescendente Há ter ter esperança Há de ter temperança Há de ser experiente Há tantas coisas para sermos Há tão pouco a dizer Há muito o que se aprender

Tempo, tempo, tempo

Com o passar dos dias tudo começou apequenar-se sem que se desse conta o silêncio preencheu o espaço que antes pulsava o diálogo intenso. com passar dos meses a ausência tornou-se suportável e depois passou a ser confortável os olhares ficaram distantes com toda a indiferença nunca sentida antes. com o passar do tempo sem pesar do sentimento repousa um amor perdido em algum lugar.

Com que roupa ...

Muito tem se falado sobre a novela, Velho Chico, promessa de sucesso, elenco escolhido a dedo, fotografia perfeita,... e por aí vai. Hoje não sou mais a "noveleira" de antes, confesso sem nenhuma vergonha. Atualmente as tramas  perderam bons roteiristas,   o que eu vejo são algumas pequenas tentativas de resistência do bom "discurso", mas isso é uma outra história, pois, o quero compartilhar  é uma pequena reflexão sobre a atual novela das oito. O título faz direta alusão ao Rio São Francisco, mostra a intimidade entre os povos que são banhados por ele. No entanto,  eu quero me ater é no figurino, que é totalmente descontextualizado em todas as épocas referidas. Procurei rapidamente na internet sobre isso, pelo menos nos poucos artigos que encontrei alguns teciam longos elogios e outros só apontavam esta falta de sincronia entre a época referida e o vestuário  (sem contar em alguns objetos, tais como carro, telefone,...) e só. Mas até então, pelo que eu saib

Amargo Rio doce

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deslizou a lágrima pesada e arenosa feito rocha atravancando o caminho do amor cheio de dissabores espinhos sem flores flutuam no meu rio doce de dor.  (  http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2016/01/17)

canção

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Diminuo o som, sem ação, voluntária paralisia. disfonia grito em vão sem sincronia. capricho da paixão reproduzo a canção triste melodia.

Tardes de Outono

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caminhava pela rua sonolenta as folhas pintavam o chão o céu cinzento emoldurava um coração miúdo um bater quase surdo ditando o ritmo do entardecer.

fonte da juventude

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O amor revigora faz tudo ficar diferente, faz bater um coração velho como um retumbante adolescente.

sem coragem

hoje vi você segui o em silêncio eu cá no meu cantinho você aí tão distraído nem ouviu quando o coração gritou.

saudade

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É um fiozinho de dor Ponteia se piedade O coração sem amor .

Prece

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(água - arquivo pessoal) revesti-me de paz ela veio preencher meu interior porque a guerra do dia a dia suga-me as energias. Peço paz Peço amor Peço compreensão Peço reflexão aos homens e mulheres que vivem nesta nave chamada da planeta Terra.

Filha do Boto

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o rio que me lavou soprou-me segredos guardei-os no peito. o rio que me lavou confidenciou-me mistérios, mesclaram-se receios secretos desejos que desaguaram em mim.

O Belo Horizonte

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espichei as pernas toquei no horizonte morno e exigente, seduziu -me. e sem perceber voltei a procurá-lo retomando a sina (por do sol da Ribeira/2015- arquivo pessoal) de desejar o impossível.

impassível

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(Praia de Moreré- Ilha de Boipeba- BA- arquivo pessoal)

caprichosa

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Em tempos de crise ponho o coração no freezer. A cabeça no ventilador para esquecer a dor. A solidão foi para debaixo do colchão O corpo fugiu pro espaço um dia acho. Por capricho, botei os inimigos no lixo só por diversão fugi da paixão Hoje eu não quero, não.

Peito vazio

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é esse vazio que no peito trago carrega o desprezo com tanto zelo acredito que é amor. vazio feito de tardes roubadas ruas erradas desvios e contramão recheado de confissões pequenas e grandes lições espelho sem distorção. amor repleto de nada sem juras sem promessas sem hora marcada sem razão ligado apenas pela emoção. esse vazio sem consentimento invadiu o peito e a fórceps furtou o coração.

Chorare

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chove no Rio chove em Sampa chove em Minas choro na minha cama Mas o vento me disse: Não chore, ele não te ama.

lesão

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ombro machucado braço imobilizado coração arrasado amor sem reparação.

natural

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por do sol sem filtro água filtrada terra adubada galinha de quintal germinando amigos sonhos, sorrisos construindo ninhos desfazendo armadilhas liberando energias vivendo ao natural. (arquivo pessoal - A flor)

Amar-dilha

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Quase escapei... Cai na arapuca um pé ficou na lua a cabeça na rua mas o coração refém. sem condição de soltura a liberdade é desventura o amor é loucura escravo de um certo alguém.

Apaixonada

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trêmulas mãos pés inseguros olhar vacilante coração perdido. 

aquilo que pensei que fosse amor

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aquilo que  pensei que fosse amor durou muito pouco. perdeu-se na falta de encontros, no atravessar das ruas na imensidão dos sonhos. dediquei as melhores horas perfumes, sorrisos noites à fio. hoje sobra um pouco, uma nota um piscar de olho, um sentimento tolo, uma leve penumbra dum amor feito de abandonos.

Fênix

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uma nova manhã surgiu outra Esperança se fez ingênua quase infantil perfeita em singelezas renova um coração senil.

Rarefeita

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e lembro-me de ti tuas mãos em mim ágeis dedos beijos e silêncios segredos sombras dum momento refeito em mil pensamentos assombros das noites sem fim.

Reset

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Estava só com seus medos e devaneios. Despertou. Tacou fogo nos antigos segredos. Fez em cinzas o antigo amor. Despertou. Aprumou-se. Uma nova página vislumbrou.

soturna

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da coruja o pio da noite o brilho do coração a solidão.

Talismã

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noir Etta, Billie, no ar sons e drinques navegar contas de azeviches.

realeza

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sem forças cetro ou coroa de súbito um elogio o acelerou meu vassalo o coração roubou

Notívagos

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(A lua em Itapuã = arquivo pessoal) A lua cheia você insone Eu vazia corações em desordem.

O café (parte 1)

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(Automat- Edward Hopper) Ela chegou primeiro, visitou todas as lojas da avenida. Comprou o que era essencial. Mas o temor e ansiedade estavam unidos, sendo assim, partiam sua decisão. Chegou ao café, escolheu uma mesa no canto, que lhe permitia vislumbrar todo estabelecimento. Estava sem fome, sem sede, mais cheia de esperança. Ele não demorou. Chegou no horário combinado. Sorriu quando a viu, se aproximou rapidamente, cumprimentou-a, mas ela estava ao celular e fez um gesto simples com as mãos. Isso o decepcionou. Ele estava nervoso, ensaiara diversas frases, mas nada vinha em mente assim pertinho dela. Falaram sobre vários assuntos, a conversa se encompridou pelo final de tarde. Papo animado, mas o motivo principal que os levara ali, nem se quer foi mencionado. Depois de três horas, ela resolveu ir embora, alguém a aguardava em casa. Ele assentiu meio contragosto. Saíram em silêncio. Fora do estabelecimento apertaram as mãos e seguiram em direções opostas. O cora